Poder Yi-Ti

Chapter 6: A Carta do Usurpador



Um Ano Depois

Westeros

Robert I Baratheon descobre que o bastardo de seu amigo, Jon Pendragon, se casou com Rhaella Targaryen. Daenerys, por sua vez, envia uma carta ao Império, exigindo que Jon seja convocado para Porto Real imediatamente.

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Jon em Yi Ti

Jon estava deitado em sua propriedade, na cidade de Asabhad, rodeado por suas esposas nuas em sua cama. Ele havia abandonado o nome Daeron e renunciou a qualquer associação com os Targaryen ou Stark. Assim, fundou sua própria casa, com o lema:

"Eu crio o meu caminho."

O emblema de sua casa representa um homem segurando uma espada, com um dragão-serpente enroscado ao redor. O dragão é negro, com escamas amarelas e chifres vermelhos.

O povo de Yi Ti comemorava, especialmente ao ver o dragão-serpente sobrevoando os céus. Com uma frota protegendo suas águas e vastos territórios sob controle, o Império Florescia:

Sothoryos estava sob controle direto. Asshai pagava tributos em ouro. Qarth era obrigado a pagar taxas para atravessar as águas do império. Ulthos em exploração traz riquezas imensas. Lys, Myr, Tyrosh e Lorath ficaram sob controle, gerando enormes riquezas.

Jon inveja uma carta para Jalabhar Xho, oferecendo ajuda para recuperar suas terras em troca de uma parte das ilhas. Como parte do acordo, ele também planejava casar-se com um parente de Jalabhar: tia, prima ou irmã.

Após um acordo vantajoso, Jalabhar reconquistou o que era seu por direito, e Jon expandiu ainda mais seu poder.

Casamentos e Descendência

Jon Pendragon consolidou alianças por meio de casamentos estratégicos:

Rhaella Targaryen , sua avó. Daenerys Targaryen , sua tia. Uma filha de Pol Qo , da Dinastia Laranja de Yi Ti. Uma filha de um senhor feiticeiro da Dinastia Amarela de Yi Ti. Uma filha de Bu Gai , da Dinastia Azul de Yi Ti.

Com suas cinco esposas, já havia filhos e filhas:

Daenerys deu à luz duas meninas: Rhaenys Targaryen e Visenya Targaryen . Rhaella teve dois meninos: Jaehaerys III Targaryen e Maekar II Targaryen . A filha de Pol Qo teve uma menina chamada Ana . A filha do senhor feiticeiro deu à luz Alex . A filha de Bu Gai teve um menino chamado Gai Bu (nome invertido em homenagem à avó).

Yi Ti entrou em festa, comemorando o nascimento dos filhos e filhas do príncipe, marcando uma nova era no Império.

O Palácio de Jon

O palácio de Jon era maior que Harrenhal e construído com pedra negra e aço valiriano. No interior, havia tapeçarias, rendas luxuosas e quadros vindos da cidade de Myr. Havia um armário exibindo vinhos finos das cidades de Myr e Lys, além de um estábulo para os dragões e um salão de duzentas lareiras, onde será sua capital assim que Bu Gai morrer.

Embora o palácio ainda estivesse em construção, Jon morava em uma residência temporária próxima. O Palácio da Serpente Dourada tinha:

5 quartos. 5 banheiros. 2 cozinhas. Estábulos amplos para seus dragões. Alojamentos para os servos. O Chamado do Imperador

Jon foi acordado por uma batida na porta. Ele se vestiu e cobriu suas esposas com lençóis. Ao abrir a porta, uma serva ou aguardava:

Serva: "Peço desculpas por acordá-lo, meu príncipe, mas o Imperador recebeu uma carta do Rei dos Sete Reinos e pediu que o senhor fosse à cidade de Yin."

Jon: "Vou me arrumar."

A serva curvou-se, mas antes de sair, lançou um olhar furtivo ao corpo do príncipe.

Jon beijou a testa de Rhaella, despertando-a.

Rhaella: "Aonde pensa que vai?"

Jon: "O Imperador recebeu uma carta do Usurpador."

Rhaella, grávida novamente, insistiu:

Rhaella: "Vou com você."

Jon: "Tudo bem, mas Daenerys precisa ficar para proteger a cidade."

Daenerys, sentada na cama, sorriu: "Ok."

Jon se despediu com um beijo.

Jon: "Eu te amo."

Daenerys: "Também te amo."

Partida para Yin

Jon e Rhaella montaram seus dragões. Jon voou em Yi, o dragão-serpente, enquanto Rhaella montava Vhagar.

Ao chegar em Yin, foram recebidos por Bu Gai, pai de uma das esposas de Jon. Bu Gai liderou o casal ao palácio imperial. Durante a audiência, revelou o conteúdo da carta de Robert Baratheon:

Bu Gai: "O rei dos Ândalos e dos Roinares ousou exigiu que entregássemos nossos filhos para que ele os matasse, assim como fez com os filhos de Elia."

Rhaella lançou um olhar gelado para Bu Gai, que entendeu a mensagem: qualquer traição seria paga com fogo e sangue.

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A Resposta ao Usurpador

A sala do trono estava em silêncio. Jon sentou-se sentado em sua cadeira abaixo do trono imperial, com Rhaella ao seu lado. Ele tamborilava os dedos na mesa de pedra negra, um olhar distante, mas cheio de determinação.

Jon: "O usurpador realmente acredita que estou sob suas ordens? Ele envia uma carta de critério, mas esquece que Yi Ti não se curva para Westeros."

Rhaella colocou uma mão gentil sobre a de Jon, seu olhar maternal mesclado com a força de uma rainha que sobreviveu à queda de sua casa.

Rhaella: "Ele teme você, meu marido. Ele teme o que você construiu e o que representa. É o medo de que o faça agir com tanta arrogância."

Bu Gai observava atentamente, tentando decifrar os próximos passos de Jon. Enquanto isso, as cortesões murmuravam, avaliando o príncipe estrangeiro que havia unificado Yi Ti e transformou o império em uma potência excepcional.

Jon clamou-se, sua capa de seda negra e dourada esvoaçando atrás de si. Ele caminhou até o centro da sala, onde mapas detalhados de Essos e Westeros estavam dispostos a uma grande mesa.

Jon: "O usurpador subestima a extensão do nosso poder. Yi Ti é mais forte do que nunca. Temos aliados em Sothoryos, Essos e até nas Ilhas de Verão. Nossa frota domina as éguas, e nossas terras são férteis e prósperas. Westeros... não passa de um continente dividido por ambições e guerras internas."

Ele apontou para Westeros no mapa, sua mão forte e decisiva.

Jon: "Mas não quero guerra. Não quero desperdício de vidas desnecessárias. Vamos responder à carta do usurpador."

Rhaella sorriu, mas havia algo de sombrio em seu olhar.

Rhaella: "E o que vai dizer a ele, meu amor?"

Jon virou-se para ela, seus olhos encontrando os dela.

Jon: "Você lembrá-lo do que aconteceu com Harrenhal, com o Fosso dos Dragões, com todos que subestimaram o fogo e o sangue dos dragões."

A Preparação da Carta

Jon convocou escritores para redigir sua resposta. Enquanto ele ditava, Rhaella e Daenerys ofereciam sugestões, sua combinação de inteligência e experiência estratégica moldando cada palavra.

Jon: "Ao Rei Robert Baratheon,

Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens, Senhor dos Sete Reinos, Protetor do Reino,

Receba sua carta e entenda seus critérios. Mas permita-me esclarecer: não sou seu vassalo, nem meu sangue pertence ao seu trono.

Você busca meu retorno para Westeros? Então venha me procurar. Traga seus exércitos, sua frota, seu 'poder'. Mas saiba disso: Yi Ti não é uma terra que você pode pegar facilmente. Aqui, temos dragões que varrem os céus, soldados que marcham com verdades, e uma liderança que não se curva a tiranos ou usurpadores."

Ele fez uma pausa, olhando para Rhaella.

Jon: "A Casa Pendragon nasceu das cinzas de duas grandes casas: Targaryen e Stark. Não somos apenas herdeiros de um passado glorioso; somos os criadores de um futuro ainda maior."

Rhaella concordou, aprovou e Jon continuou:

Jon: "Portanto, rei Robert, escolha com sabedoria. Minha paciência não é infinita. Se desejar paz, recuaremos para nossos domínios e deixaremos Westeros em seus conflitos mesquinhos. Mas se insistir em desafiar o dragão-serpente, prepare-se para enfrentar as chamas."

A carta foi lacrada com o selo da Casa Pendragon: o homem com espada, envolto pelo dragão-serpente.

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Preparativos para Westeros

Após enviar a carta, Jon começou a organizar suas forças. Sabia que a guerra era uma possibilidade real e não deixaria nada ao acaso.

Dragões em ascensão: Yi, o dragão-serpente, e Balerion, trazido de volta com magia negra, foram alimentados e preparados para batalha. Vhagar, o lendário dragão de Rhaella, também estava pronto.

Frota naval: Comandantes yi-tieneses e aliados de Essos começaram a reforçar os portos e treinar marinheiros para uma possível guerra naval contra Westeros.

Exército imperial: As legiões de Yi Ti foram convocadas, incluindo arqueiros e lanceiros renomados. Mercenários de Essos também foram contratados para complementar as forças.

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Porto Real: O Conselho do Rei

No salão do trono da Fortaleza Vermelha, Robert Baratheon estava sentado no Trono de Ferro. Sua enorme figura era imponente, e o som de seus dedos tamborilando no braço do trono ecoava pela sala. A carta de Jon Pendragon estava em suas mãos, lacrada com o selo da Casa Pendragon.

Ao seu lado, seus conselheiros mais próximos esperavam ansiosos:

Jon Arryn, Mão do Rei, com o rosto sério como sempre. Renly Baratheon, seu irmão mais jovem, com um sorriso cínico. Stannis Baratheon, seu irmão mais velho, sombrio e inflexível. Illyrio Mopatis, o eunuco, observando tudo em silêncio. Mindinho, com seu sorriso traiçoeiro.

Robert abriu o lacre e começou a ler. Sua expressão mudou de curiosidade para irritação e, por fim, para uma fúria explosiva. Ele atirou a carta na mesa diante dele.

Robert: "Esse bastardo arrogante! Ele se atreve a me desafiar?"

Jon Arryn pegou a carta calmamente e começou a ler enquanto Robert continuava a se agitar.

Robert: "Dragões, exércitos, frota? Ele acha que pode me intimidar com essas palavras bonitas e o selo de sua casa inventada? Eu matei Rhaegar, destrui os Targaryens. Esse vai aprender a não brincar com fogo!"

Jon Arryn terminou de ler e olhou para Robert.

Jon Arryn: "Ele não é um menino, Robert. E pelo que a carta diz, ele não está blefando. Yi Ti é um império poderoso, e Jon Pendragon parece ter o apoio de toda a sua força."

Stannis: "Isso é irrelevante. Ele é uma ameaça ao trono. Se ele não se curvar, devemos eliminá-lo antes que Westeros comece a questionar sua legitimidade."

Renly: "Sempre tão direto, Stannis. Talvez devêssemos nos perguntar por que esse Jon é tão poderoso. Ele uniu Yi Ti, e suas esposas controlam dragões e têm uma frota capaz de rivalizar com a nossa. Lutar contra ele não será tão fácil quanto lutar contra Rhaegar."

Robert: "Eu não preciso de lições, Renly! Já enfrentei dragões antes. Jon, o que você acha? Ele está blefando ou realmente podemos esperar um ataque de Yi Ti?"

Jon Arryn olhou para a carta novamente antes de responder.

Eddard: "Ele não ameaça atacar. Na verdade, ele nos dá uma escolha: paz ou conflito. Mas eu o conheço, Robert. Ele foi criado no Norte, entre lobos. E agora está entre dragões. Se for forçado a lutar, não hesitará."

Illyrio Mopatis: "Majestade, talvez seja prudente enviar uma resposta. Jon Pendragon está longe, do outro lado do Mar Estreito. Um conflito com Yi Ti seria caro e incerto. Talvez possamos negociar algo que preserve a paz e mantenha o controle em Westeros."

Robert bufou, sua fúria fluindo enquanto considerava as palavras de Illyrio.

Robert: "Negociar com um bastardo? Nunca pensei que viveria para ver o dia."

Mindinho: "Majestade, às vezes é mais sábio conquistar um inimigo com palavras do que com espadas. Especialmente um inimigo que controla dragões."

Robert se declarou do trono, olhando para a sala.

Robert: "Muito bem. Vamos jogar o jogo dele. Stannis, escreva uma carta. Diga a esse Jon Pendragon que estou disposto a discutir termos de paz, mas apenas se ele vier a Porto Real. Quero ver o rosto do bastardo que me ousa desafiar!"

Stannis hesitou, mas concordou.

Stannis: "E se ele não vier?"

Robert, sincero, um sorriso selvagem e cheio de confiança: "Então levaremos fogo e aço até Yi Ti. Dragões ou não, ninguém desafia o Rei Robert Baratheon impunemente!"

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A Resposta do Usurpador

Dias depois, uma frota de navios saiu de Porto Real com uma carta de Robert para Yi Ti. A mensagem era clara: o Rei dos Sete Reinos queria que Jon Pendragon comparecesse pessoalmente para discutir os termos.

No entanto, o conselho sabia que Robert tinha uma intenção oculta. Caso Jon aparecesse, ele planejava usar a força ou a diplomacia para enfraquecê-lo. Caso não aparecesse, Robert tomaria isso como um pretexto para declarar guerra.

Enquanto isso, rumores se espalharam por Westeros e Essos. Alguns viam Jon Pendragon como um salvador, outros como uma ameaça. Mas todos sabiam que o confronto entre o dragão-serpente e o veado coroado seria sério.

Norte

Eddard Stark estava sentado em seu escritório, o peso do dever evidente em seus olhos enquanto lia as últimas notícias vindas de Essos. O crepitar do fogo na lareira era o único som que preenchia a sala silenciosa, até que uma leve batida interrompeu seus pensamentos.

A porta se abriu e o Meistre Luwin entrou com passos firmes, segurando algo em mãos.

Eddard: "Sim?" — perguntou, levantando os olhos, a testa franzida.

Meistre Luwin: "Lord Stark, uma carta chegou de Porto Real" — anunciou Luwin, aproximando-se. Ele entregou o pergaminho lacrado com o símbolo de um veado coroado antes de sair silenciosamente da sala.

Eddard ficou imóvel por um instante, encarando o selo. O coração pesou em seu peito. Ele sabia que uma carta de Porto Real raramente trazia boas notícias. Lentamente, quebrou o lacre e começou a ler.

Os olhos de Eddard correram pela carta, e a expressão em seu rosto endureceu. A cada linha, a gravidade da mensagem o atingia como um golpe. Seu sobrinho, Jon, havia se casado com Rhaella e Daenerys. Os nomes, parentes de sangue, soavam quase irreais à medida que processava o que aquilo significava.

Um calafrio percorreu sua espinha. Jon sabia. Ele sabia sobre sua verdadeira origem.

A cor fugiu de seu rosto, deixando-o pálido como o inverno lá fora. Eddard deixou a carta de lado e, com as mãos trêmulas, pegou papel e pena. As palavras vieram rapidamente, carregadas de preocupação, culpa e um toque de algo que ele não ousava admitir: saudade. Ele precisava escrever para Jon. Precisava explicar... ou ao menos tentar.

Quando terminou, olhou para o pergaminho em suas mãos como se este fosse um fardo. O tempo era essencial.

Eddard: "Chamem o Meistre Luwin" — ordenou, sua voz mais firme do que se sentia por dentro.

Poucos momentos depois, Luwin retornou.

Eddard: "Envie esta carta para o Império de Yi-Ti" — disse Eddard, estendendo-lhe o documento.

Meistre Luwin: "Há um navio mercante que partirá em breve para Volantis, e de lá seguirá para Yi-Ti. Será entregue rapidamente, meu senhor" — respondeu Luwin com uma breve reverência.

Sem mais palavras, o Meistre deixou o escritório, e Eddard ficou sozinho mais uma vez. Ele olhou para o fogo que dançava na lareira, mas não encontrou conforto. A distância entre ele e Jon nunca parecera tão imensa.

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Palácio Imperial de Yin

Jon Pendragon estava na varanda do palácio, os braços cruzados e o olhar fixo no horizonte. A partir dali, ele podia ver o grande portão sendo aberto para receber seus homens, vindos da cidade de Asabhad, seu domínio no leste.

Eram cinco mil soldados, acompanhados por um séquito impressionante: feiticeiros, bruxos, magos de fogo, magos de sangue, magos de água e shadowbinders, que manipulavam as sombras. Entre eles, havia também aeromantes que controlavam o ar, alquimistas, necromantes, torturadores e envenenadores.

Apesar de sua força, Jon sabia que muitos em Yi-Ti o rejeitavam. O risco de uma guerra civil pairava no ar como uma espada prestes a cair. E, além disso, havia Westeros. Ele tinha plena consciência de que, mais cedo ou mais tarde, poderia enfrentar um confronto entre os Sete Reinos e Yi-Ti.

Seus pensamentos foram interrompidos quando Rhaella, sua esposa e avó, entrou silenciosamente no espaço. Ela o abraçou por trás, o calor de seu toque trazendo uma momentânea sensação de conforto.

— O que foi, meu marido? — perguntou ela, a voz suave e cheia de curiosidade.

Jon permaneceu em silêncio por um momento antes de responder:

— É interessante...

— O que é interessante? — insistiu Rhaella, franzindo o cenho.

— Meu tio, Eddard Stark. Ele sempre se gabou de ser um homem de honra, mas durante treze longos anos, nunca vi a Casa Stark receber sequer um gesto de honra do Usurpador.

Rhaella bufou, desprezo evidente em seu tom:

— Seu tio é um homem tolo e estúpido. Ele fala sobre honra, mas, quando meus netos — seus irmãos — foram mortos, ele não fez nada.

Jon suspirou, concordando.

— Ele é um idiota. Se eu fosse o Senhor do Norte, teria exigido uma recompensa, ao menos.

Rhaella balançou a cabeça.

— Não importa o que os Sete Reinos ou a Cidadela pensem. Nem mesmo a Fé dos Sete. Só nós importamos agora.

Jon se afastou ligeiramente e virou-se para ela, colocando uma mão gentilmente sobre a barriga de Rhaella.

— Para o nosso futuro.

— Para o nosso futuro — respondeu ela com um sorriso suave.

Um servo entrou na varanda, interrompendo o momento.

— O Imperador o chama, meu senhor.

Jon assentiu e, junto com Rhaella, seguiu pelos corredores opulentos em direção ao Grande Salão.

O caminho era uma exibição de riqueza: ouro, prata e bronze decoravam o palácio, enquanto pedras preciosas — jade verde, rubis e safiras — adornavam as paredes. Estátuas de ouro, colunas de mármore e candelabros luxuosos iluminavam o local, ressaltando a grandiosidade do Império de Yi-Ti.

Rhaella olhou ao redor, encantada.

— Nosso castelo será assim — comentou, com um sorriso ambicioso.

Jon sorriu de canto.

— É claro. Vou deixar você cuidar do interior. Só vou garantir um fosso e várias barreiras mágicas para nossa proteção.

Ela segurou a mão dele, olhando nos olhos de Jon.

— Depois que você montou o dragão Balerion e foi atrás de Valíria para vingar sua queda...

— É claro que fui — respondeu Jon, com firmeza. — Agora sou um arquimago, formado nas artes dos Valirianos, Roinares e Primeiros Homens.

Rhaella inclinou a cabeça.

— E eu sigo no caminho, aprendendo mais sobre as magias valirianas.

Jon confirmou, um brilho de orgulho em seus olhos.

— Os tesouros da Antiga Valíria, dos Roinares e dos Primeiros Homens são uma vitória. As armas da Antiga Valíria são verdadeiramente perigosas.

— E os ovos de dragão — acrescentou Rhaella, os olhos brilhando. — Todos os ovos das Famílias Quarenta, seus livros, armaduras, espadas, velas de vidro de vários núcleos, cajados, lanças, escudos e até mesmo venenos.

Ela sorriu ao lembrar.

— Quando você disse que iria para Valíria, depois de unificar Yi-Ti, achei que estava louco.

Jon arqueou uma sobrancelha, divertido.

— Vale a pena confiar em mim?

— Claro que vale. Com todos os grimórios mágicos, rituais para os deuses valirianos e pergaminhos para criar novas armas, ficou muito mais fácil terminar o nosso palácio. Ainda assim, levou um ano inteiro.

Os dois continuaram a caminhar.

— É simples — disse Jon. — Temos todo o poder dos Valirianos, Roinares e Primeiros Homens. Estava pensando em algo parecido com o Palácio dos Mil Aposentos.

Rhaella riu suavemente.

— Que tal um Palácio dos Dois Mil Aposentos? E outro palácio só para nossos homens.

Jon sorriu.

— Já está sendo feito.

Enquanto conversavam em Alto Valiriano, o servo que os acompanhava tentava não se distrair. Embora não entendesse as palavras, sentia o peso de algo grandioso e perigoso.

Jon e Rhaella continuaram a caminhar pelos corredores imponentes do palácio, seus passos ecoando nas paredes de mármore, adornadas com tapeçarias que retratavam as antigas glórias dos Valirianos e dos Roinares. O servo não podia deixar de perceber que, apesar da grandeza do que estavam construindo, havia algo ainda mais imenso e assustador à espera. A quietude de Yi-Ti era apenas a calmaria antes da tempestade.

Jon virou-se para Rhaella, seus olhos fixos.

— Rhaella, sabemos que não seremos aceitos por todos, e algumas pessoas, especialmente de Westeros, podem tentar nos desafiar. No entanto, temos o poder de Valíria, os segredos antigos da nossa linhagem. Podemos ser imbatíveis.

Ela se moveu, tocando suavemente o braço dele.

— E, com a força dos dragões, seremos imparáveis. Temos o futuro nas mãos, Jon. O império crescerá, mais forte do que qualquer um poderia imaginar. O que começaremos será lembrado como o renascimento de um império que nunca foi verdadeiramente destruído.

Jon transmitiu, a confiança renovada pela presença de Rhaella.

— Então, vamos garantir que o mundo saiba disso. Vamos fazer história, não apenas nos livros, mas no coração de todos.

Ao atravessarem as portas do Grande Salão, a visão de sua obra grandiosa os envolveu. Colunas douradas, mosaicos que brilhavam à luz das velas, e tapeçarias que retratavam suas vitórias e ambições. O palácio estava quase completo, mas suas mentes estavam voltadas para o futuro — um futuro onde nada, nem mesmo os antigos reinos, poderia desafiá-los.

Enquanto caminhavam pelo salão, os olhos do servo voltaram-se para o horizonte, onde o destino de Yi-Ti e de todas as terras conhecidas se encontravam. Ele sabia, agora mais do que nunca, que a história estava sendo escrita diante dele — e que nada poderia detê-los.

Jon Pendragon e Rhaella entraram no centro do imenso palácio, seus passos ecoando suavemente sobre o mármore polido do salão. O ambiente ao redor refletia o poder e a riqueza de Yi-Ti, onde cada detalhe parecia projetado para impressionar e submeter. Tapetes ricos das Cidades Livres estendiam-se sobre o chão, enquanto quadros tão detalhados, feitos de folha de ouro, adornavam as paredes, capturando cenas míticas de antigos imperadores e dragões.

As colunas de mármore, imponentes e esculpidas com precisão, sustentavam o teto ornamentado, que refletia a luz suave das lâmpadas suspensas em candelabros de cristal. A madeira vinda das florestas de Ulthos dava ao ambiente uma sensação de solidez e longevidade, enquanto o mogno das terras distantes conferia uma tonalidade quente e rica às mobílias. A cada passo, Jon sentia o peso da grandiosidade que construíra, não apenas em termos de materiais, mas também na força e ambição do império que seu nome representava.

À medida que caminhavam, Jon e Rhaella se aproximavam da corte, onde Bu Gai, seu pai adotivo e mentor, aguardava com seus conselheiros e membros da nobreza local. O olhar de todos se fixou imediatamente neles, como se estivessem esperando algo grande, algo que só o império de Yi-Ti poderia oferecer.

Bu Gai, um homem de estatura imponente e olhar penetrante, levantou-se de seu trono com um sorriso enigmático, como se o futuro de Yi-Ti estivesse em suas mãos, mas com plena confiança no destino de seu filho adotivo.

Jon trocou um olhar com Rhaella, sentindo a tensão familiar no ar, o peso da responsabilidade sobre seus ombros.

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Palácio Imperial de Yin

Jon Pendragon mantinha uma postura firme, ocultando uma tempestade de pensamentos que borbulhavam em sua mente. Ele sabia que o olhar fixo de Bu Gai escondia expectativas e talvez julgamentos. Ao seu lado, Rhaella se movia com graça, sua presença irradiando uma mistura de autoridade natural e respeito. Embora tivesse enfrentado suas próprias batalhas internas, Rhaella sempre foi uma fortaleza de apoio silencioso para Jon.

Ao chegarem ao pé da escadaria que levava ao trono, Jon inclinou a cabeça levemente em deferência a Bu Gai, um gesto calculado que mantinha o equilíbrio entre respeito e autoridade. A voz profunda e ressonante de Bu Gai preencheu o salão, cortando a tensão como uma lâmina afiada.

— Jon, meu filho — começou ele, sua voz carregada de autoridade incontestável. — Hoje marca o início de uma nova era. Yi-Ti não é apenas um império de riquezas materiais, mas de visão. E você, como herdeiro de meu legado, carrega a responsabilidade de expandir essa visão. Diga-me, o que viu na travessia pelo coração do império?

Jon tomou um instante antes de responder, sua mente analisando cuidadosamente cada palavra que estava prestes a proferir. Ele sabia que a corte observava cada gesto seu, cada inflexão de sua voz.

— Eu vi força, meu pai. Vi um povo resiliente, dedicado à glória deste império. Mas também percebi inquietação nas sombras. Há aqueles que questionam nossa força, que testam nossos limites. Para que Yi-Ti prospere, devemos ser mais do que um símbolo de riqueza; devemos nos tornar um farol de unidade e propósito.

Bu Gai arqueou uma sobrancelha, parecendo intrigado. Ele então voltou sua atenção para Rhaella.

— E você, Rhaella, consorte do meu filho e conselheiro de confiança. O que seu coração lhe diz sobre o futuro deste império? O que Yi-Ti precisa para não apenas sobreviver, mas triunfar?

Rhaella ergueu o queixo, seus olhos brilhando com determinação. Sua voz era firme, mas transmitia uma sabedoria que desarmava até os mais céticos.

— Yi-Ti é uma joia entre os impérios, meu senhor, mas mesmo a joia mais brilhante pode ser ofuscada pela escuridão que a circunda. O futuro de Yi-Ti não está apenas nas riquezas ou nos militares, mas na capacidade de inspirar. Para triunfar, precisamos mostrar ao mundo que o poder não é apenas conquistado, mas também compartilhado. Um povo unido por uma visão comum é uma arma que nenhum inimigo pode derrotar.

O salão mergulhou em um breve silêncio após suas palavras. Jon sentiu um leve orgulho ao ouvir a resposta de Rhaella, que não apenas reforçava sua própria visão, mas também revelava uma força que desafiava as expectativas da corte.

Bu Gai inclinou-se levemente para frente, sua expressão agora misturando curiosidade e satisfação.

— Ambas visões são válidas. Mas as palavras não são nada sem ação. A Grande Muralha de Yi-Ti enfrenta ameaças crescentes do Oeste e do Leste. Há rumores de dragões nas Montanhas Cinzentas e de um levante entre os clãs ao sul. Jon, Rhaella, provem sua força. Mostre-me que estão prontos para liderar.

Jon sentiu a gravidade da missão pesando sobre ele. Rhaella colocou uma mão em seu braço, um gesto sutil que dizia sem palavras: estamos juntos nessa.

— Nós não falharemos, pai — respondeu Jon, sua voz carregada de determinação. — Yi-Ti não apenas resistirá; florescerá sob nossa liderança.

Bu Gai sorriu enigmaticamente mais uma vez.

— Assim espero. Vão, e tragam glória para este império.

Com isso, Jon e Rhaella deixaram a corte, sentindo que um novo capítulo em sua jornada acabava de começar.

Ao terminar, o silêncio na sala era absoluto. O tom desdenhoso e autoritário da carta ecoava nas paredes como um insulto direto não apenas a Jon, mas ao próprio Yi-Ti. Jon sentiu sua mandíbula pressionando, seus olhos queimando com uma raiva que ele mal conseguia conter. Ele notou que as mãos de Rhaella também estavam cerradas, seu corpo tenso com uma mistura de indignação e ódio.

Bu Gai desceu lentamente do trono, entregando uma carta para Jon. Seu olhar era tão afiado quanto uma lâmina, enquanto estudava o semblante do jovem.

— Este... Robert Baratheon. Ele ousa insultar o Império de Yi-Ti? E ainda assim, ele não entende o que provocou — disse Bu Gai, sua voz como um trovão contido. — Ele chama você de bastardo e ousa ordenar que entreguemos os dragões. Ele acha que está lidando com alguém fraco, alguém que se curvaria a uma coroa distante. O que você diz, Jon? Como devemos responder?

Jon segurou a carta com força, o papel quase se amassando sob seus dedos. Ele olhou para Rhaella, cuja expressão refletia uma fúria contida, mas também uma determinação que ele conhecia bem. O sangue de Valíria ardia em suas veias, e ele sentiu o peso de sua herança como nunca antes.

— Este homem pensa que sua coroa lhe dará poder sobre nós. Ele acredita que pode nos subjugar com palavras e ameaças. Ele não sabe que estamos além do seu alcance — começou Jon, sua voz crescendo com cada palavra. — A resposta será clara. Não apenas manteremos nossos dragões e tesouros, mas enviaremos uma mensagem de nossa força. Que ele saiba que o Império de Yi-Ti não se curva a ninguém. Se ele deseja guerra, encontrará fogo e sangue.

A corte murmurou em aprovação, e Bu Gai sorriu, satisfeito.

— Então que seja assim. Mas lembre-se, Jon, suas ações agora não representam apenas você ou sua família. Você carrega o nome de Yi-Ti. Faça com que ele seja lembrado em Westeros como um nome que jamais será desafiado novamente.

Rhaella deu um passo à frente, sua voz clara e determinada.

— Robert Baratheon conhecerá a força de Yi-Ti e o peso dos dragões. Não haverá outro aviso. Se ele ousar cruzar os mares, será recebido por fogo e destruição.

Bu Gai assentiu, sua confiança renovada.

— Muito bem. Reúnam seus aliados, preparem-se para o resultado. O mundo verá o verdadeiro poder do Dragão Dourado.

Jon e Rhaella deixaram o salão, sabendo que o conflito que se aproximava não era apenas uma batalha por poder ou orgulho, mas uma declaração de independência e força. Enquanto caminhavam, Jon segurou a mão de Rhaella.

— Estamos nisso juntos, Rhaella. Seja qual for o preço, Westeros saberá que não somos os mesmos Targaryen que eles esmagaram. Somos mais fortes. Mais unidos.

Rhaella sorriu, seus olhos brilhando com a determinação de uma rainha.

— E eles estão aprendendo que o dragão não esqueceu. E nunca perdoará.

Jon traduziu o olhar para seu pai adotivo, sua expressão firme enquanto suas palavras carregavam a força de sua determinação e da história que o moldara.

— Pai, quando cheguei aqui, eu era um estrangeiro em suas terras, um homem sem um verdadeiro lar ou propósito. Mas você me acolheu, não apenas como um aliado, mas como um filho. Mesmo sabendo de minhas origens, você me deu um lugar ao seu lado, confiou em mim e em minhas esposas. Minha tia, Daenerys Targaryen, e minha avó e também esposa, Rhaella Targaryen, uniram suas forças às minhas. E, com Pol Qo, sua filha da dinastia dos imperadores laranja, unimos o sangue do Dragão à sua linhagem real.

Ele fez uma pausa, observando o semblante de Bu Gai, que permanecia impenetrável, mas seus olhos brilhavam com atenção.

— Com o poder de meu dragão e de minhas esposas, unificamos Yi-Ti, derrubamos falsos senhores e destruímos as divisões que enfraqueciam o império. Formamos um exército poderoso que agora está sob seu comando. Mas agora, pai, chegou o momento de enfrentar um novo desafio. Robert Baratheon, o Usurpador, precisa ser colocado em seu devido lugar.

O murmúrio da corte começou a crescer, mas Bu Gai levantou uma mão, silenciando todos.

— E o que propõe, meu filho? — disse ele, com a voz calma e calculada.

Jon deu um passo à frente, seu tom intenso e decidido.

— Desejo fazer um ataque secreto. Com nossas frotas de navios, destruiremos os portos dos Sete Reinos, interrompendo seus negócios e isolando suas terras. Quero queimar a Cidadela, saqueando seus livros e conhecimentos, para mostrar que sua arrogância e pretensões de sabedoria não podem nos deter. Este não será apenas um ataque físico, mas também um golpe em seu espírito, um aviso de que o Dragão não será ignorado.

Rhaella, ao lado de Jon, falou com sua voz firme e cheia de autoridade.

— O Usurpador deve aprender que a destruição de nossa família em Westeros não foi o fim. A chama do Dragão renasceu aqui, em Yi-Ti, mais forte e mais perigosa do que jamais foi. E se ele ousar subestimar isso, será consumido.

Bu Gai encarou Jon por um longo momento, como se pesasse suas palavras. Por fim, ele deu um leve sorriso, um gesto que misturava aprovação e uma ponta de diversão.

— Você tem a visão de um verdadeiro governante, Jon. Mas este ataque exigirá precisão, planejamento e sigilo absoluto. Se os Sete Reinos souberem do que estamos preparando, nossa força será testada antes que estejamos prontos. Terá meu apoio, mas quero ver um plano detalhado antes que qualquer frota zarpe.

Jon sentiu a confiança de Bu Gai como uma vitória e um desafio.

— Assim será, pai. Não falharemos. Os portos dos Sete Reinos arderão, e a mensagem será clara: o Dragão renasceu.

Enquanto ele e Rhaella se retiravam para começar os preparativos, Jon sentiu que o destino estava sendo selado. O mundo aprenderia que o poder de Yi-Ti, aliado à fúria dos dragões, não era algo a ser ignorado. O vento do leste traria fogo e sangue ao Ocidente.

No instante em que a sacerdotisa se levantou, todo o salão caiu em um silêncio reverente. Suas vestes douradas brilhavam sob a luz das lâmpadas de cristal, e o cetro que ela segurava parecia pulsar com uma energia ancestral. Seu nome era Mei Xuan, conhecida em Yi-Ti como a Voz dos Eternos, intérprete dos Deuses.

Ela caminhou para frente com passos firmes, parando diante de Jon Pendragon. Seu olhar parecia perfurar a alma, carregado de sabedoria e poder. Com uma voz clara e autoritária, ela falou:

— Os Deuses de Yi-Ti entregaram um presente a você, Jon Pendragon, filho do dragão e do destino. Você foi abençoado não apenas para comandar o Dragão da antiga Valíria, mas também para dominar o Dragão do Antigo Império Dourado.

Os murmúrios começaram novamente na corte, mas a presença de Mei Xuan era suficiente para mantê-los contidos. Ela continuou, sua voz ressoando pelo salão.

— Mas isso não é suficiente, garoto. Não ainda. Os Deuses falaram, e suas palavras são claras: você deve partir para o Norte, além da Muralha, para as regiões desconhecidas. Lá, na vastidão gelada, você encontrará a última de uma espécie antiga.

Jon franziu a testa, confuso, e deu um passo à frente.

— Espécie? O que quer dizer com isso? — perguntou ele, sua voz carregada de curiosidade e cautela.

Mei Xuan ergueu seu cetro, apontando para ele como se estivesse destacando algo em sua essência.

— Seu sangue é especial, garoto. Ele carrega magia. Você possui o fogo dos dragões, mas o fogo sozinho não é suficiente. Para alcançar o equilíbrio que os Deuses exigem, você precisará encontrar três criaturas que simbolizam as forças primordiais do mundo.

Ela ergueu três dedos, enumerando.

— Um Dragão de Gelo espera por você além da Muralha, onde o frio reina soberano. Ele é a antítese do fogo, o equilíbrio necessário para sua alma ardente.

Seu tom mudou, carregado de mistério.

— Um Dragão do Mar repousa nas profundezas das águas próximas às Ilhas de Ferro. Ele é a força que une os elementos, aquele que navega entre o gelo e o fogo.

Mei Xuan deu um passo mais próximo, seus olhos brilhando intensamente.

— Os Deuses estão do seu lado, garoto. Eles lhe deram o poder de comandar estas forças, mas apenas se você provar que é o escolhido. Sua jornada começará agora. Mostre aos Deuses que você é digno do destino que eles lhe reservaram.

Jon respirou fundo, sentindo o peso das palavras da sacerdotisa. Ele trocou um olhar com Rhaella, que estava ao seu lado, e encontrou a mesma determinação que sempre o guiara.

— Se os Deuses assim desejam, eu aceitarei o desafio — disse Jon, sua voz cheia de resolução. — Encontrarei essas criaturas, e elas se juntarão ao poder do Dragão. Fogo, gelo e mar lutarão ao meu lado, e o mundo se curvará diante de nós.

O salão ficou em silêncio novamente, enquanto Mei Xuan assentia lentamente, satisfeita.

— Então que assim seja, Jon Pendragon. Que os Deuses guiem seus passos.

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Jon ergueu a mão, chamando a atenção de todos no salão. Seus olhos brilhavam com a mesma intensidade do dragão que ele comandava.

— Mais do que encontrar os dragões que os Deuses indicaram, há outra questão urgente. Antes de qualquer jornada, precisamos atacar Westeros. — Ele fez uma pausa, sua voz firme ecoando pelo salão. — Eu criei uma nova arma: pólvora.

O silêncio foi absoluto por um instante, antes que os murmúrios se espalhassem pela corte como fogo em um campo seco. Nobres e conselheiros cochichavam entre si, confusos e intrigados. Um homem de meia-idade, trajado em sedas azuis e verdes, com uma barba bem aparada e joias brilhantes, deu um passo à frente.

Seu nome era Zhao Xian, senhor da cidade portuária de Lian Qu, famosa por seu comércio e suas rotas marítimas cruciais para o império. Sua expressão era de ceticismo e curiosidade.

— Que arma é essa? — perguntou Zhao Xian, com um tom misto de desdém e genuíno interesse. — De que magia ou alquimia você fala, Jon Pendragon?

Jon manteve a calma, voltando sua atenção para Zhao Xian e os demais.

— Não é magia, mas ciência. Uma mistura de salitre, enxofre e carvão que criei com o conhecimento dos alquimistas de Yi-Ti e minhas próprias experimentações. Pólvora é destruição pura, capaz de abrir brechas em muralhas, incendiar navios e até mesmo explodir arsenais inteiros.

Os olhos de Zhao Xian se estreitaram enquanto ele considerava as palavras de Jon.

— E como pretende usá-la? — continuou o nobre, claramente intrigado, mas ainda cético. — Westeros não é tão vulnerável quanto alguns podem pensar.

Jon esboçou um sorriso calculado e apontou para o mapa de Westeros exibido sobre uma mesa no centro do salão.

— Nosso ataque será surpresa. Usaremos nossa frota para atingir seus portos e destruir seus navios. Sem suas frotas, os Sete Reinos ficarão isolados e vulneráveis. Usaremos a pólvora para incendiar suas fortalezas costeiras e causar terror em suas terras. A destruição será rápida e absoluta. E o mais importante: iremos atacar seus portos antes que possam reagir.

Zhao Xian cruzou os braços, seu interesse evidente.

— E quando pretende fazer isso? — disse ele, mais como um investidor curioso do que como um guerreiro.

Jon deu um passo à frente, sua voz ressoando com autoridade.

— Assim que nossa frota estiver pronta. O Usurpador pensa que pode nos comandar, que pode exigir nossa rendição. Mas ele não sabe o que estamos preparando. Precisamos ser rápidos, eficientes e impiedosos. O primeiro passo será esmagar sua força marítima. Sem portos, sem navios, os Sete Reinos não serão nada além de terras desprotegidas.

O salão voltou ao murmúrio, e os olhares dos presentes variaram entre admiração e medo. Até mesmo Bu Gai parecia impressionado com a audácia de Jon.

Zhao Xian finalmente deu um leve sorriso.

— Se a sua pólvora é tão poderosa quanto você diz, Jon Pendragon, os Deuses podem muito bem ter colocado o destino de Yi-Ti em boas mãos. Mas saiba disto: um ataque assim exigirá não apenas força, mas soluções e silêncio absoluto.

Jon concordou.

— E é exatamente isso que teremos. Nossos inimigos não terão chance de reagir. Quando o primeiro porto arder, o poder de Yi-Ti será conhecido em toda Westeros.

Bu Gai levantou-se de seu trono, sua voz grave cortando o ar.

— Então que assim seja. Prepare-se, Jon. Westeros aprenderá a temer o dragão do Leste.

Jon posicionou as mãos com uma expressão imperturbável, mas seus olhos estavam cheios de poder e fúria. A corte, antes cheia de confiança e curiosidade, agora ficou em absoluto silêncio, temendo o que ele poderia fazer a seguir. Ele olhou para os presentes, e por um momento, a sensação de pura energia mágica parecia sufocar todos na sala.

— Todos vocês sabem o que corre em minhas veias — disse Jon, sua voz fria e cortante como gelo. — O sangue de Valíria, o sangue de Roinar, o sangue dos Primeiros Homens. Eu sou a fusão dos maiores impérios, das mais antigas linhagens.

Ele mencionou uma mão, e de seus dedos uma esfera flamejante apareceu, brilhando com a intensidade de mil sóis. O calor da chama parecia consumir a sala, aquecendo o ar de uma maneira impossível. A corte recuou, os olhos fixos na bola de fogo que flutuava no centro da sala, com os rostos enrijecidos pelo medo.

Com a outra mão, ele conjurou outra esfera, mas desta vez, era água. A bola era calma, mas estranhamente gelada, como se a própria essência do mar tivesse sido aprisionada dentro dela. A água girava suavemente ao lado do fogo, mas os contrastes entre os dois elementos eram alarmantes.

Quando ele baixou as mãos, todos pensaram que a demonstração de poder havia terminado, mas Jon ainda não havia acabado. Com um movimento preciso, ele falou ambas as mãos simultaneamente, e uma bola de gelo surgiu no ar. A sala ficou ainda mais gelada, como se o próprio inverno tivesse sido instalado ali. O gelo flutuava no ar, cercado por uma aura de vento cortante que parecia capaz de esmagar qualquer um que se aproximasse.

Jon olhou para a corte, sua voz agora profunda, quase como um rugido distante.

— Eu possuo o conhecimento de meus antepassados. O poder deles flui em mim como um rio turbulento. Se eu desejasse, queimaria os Sete Reinos inteiros, não poupando um único ser, e nada restaria além de cinzas e detritos.

A sala estava tensa, o medo se espalhando como uma doença. Seus olhos estavam fixos no homem diante deles, que agora controlava os elementos como se fosse a própria essência do mundo. Jon respirou fundo, e o calor da chama aumentou, a água quase congelando no ar, e o gelo se expandindo à sua volta, tudo ao mesmo tempo.

Ele deu um passo à frente, e a corte recuou, sentindo a pressão de sua magia se apertando ao redor deles.

— Mas... — Jon fez uma pausa e virou-se para Rhaella, seus olhos suavizando apenas por um momento, — não quero que minha esposa fique chateada comigo. Não quero que ela veja o que sou capaz de fazer quando minha raiva se solta sem restrições.

O medo agora estava estampado no rosto de todos os presentes. Eles estavam diante de um homem que não apenas comandava o fogo e o gelo, mas que também tinha em si uma força ancestral, capaz de destruir tudo ao seu redor. Eles não sabiam se estavam diante de um salvador ou de um tirano.

O ódio em Jon era palpável, e sua raiva, uma chama incontrolável que só poderia ser dominada por um equilíbrio que ele ainda estava tentando encontrar. A corte, os nobres e até Bu Gai estavam atônitos, cientes de que o homem que viam à sua frente tinha o poder de mudar o destino do mundo — ou destruí-lo completamente.

Bu Gai levantou-se lentamente de seu trono, sua figura imponente projetando autoridade sobre todos os presentes. Ele cruzou os braços e lançou um olhar calculado para seu conselheiro principal, Qin Zhao, um estrategista conhecido por sua inteligência e frieza.

— Qin Zhao, prepare um plano para um ataque coordenado e devastador contra os portos dos Sete Reinos — ordenou Bu Gai, sua voz firme e implacável. — Não deixaremos nenhuma embarcação intacta, nenhum porto funcional. Se os Sete Reinos desejam desafiar Yi-Ti e o poder do Dragão, eles conhecerão a fúria que vem do Leste.

Ele caminhou até a mesa do mapa, apontando com precisão para os alvos que mencionara.

— Começaremos pelo Norte. Porto Branco deve ser destruído completamente. É o maior ponto de comércio do Norte e sua única conexão significativa com Essos. Sem ele, o Norte ficará isolado.

Bu Gai então apontou para o Vale de Arryn.

— Porto Gavião é pequeno, mas essencial para o acesso ao Vale. Ataquem-no para cortar as rotas de abastecimento e isolá-los ainda mais.

Seus dedos deslizaram pelo mapa até as Terras Fluviais.

— Lagunavelha e Porto do Salgueiro são vulneráveis, mas estratégicos. Um ataque ali deixará as Terras Fluviais expostas a invasões por terra.

Quando seu olhar chegou às Ilhas de Ferro, ele sorriu levemente.

— Os Greyjoys acham que são mestres das águas. Destruam Lordeporto e Porto de Pyke. Vamos mostrar o que uma frota de verdade pode fazer. Eles não terão como lançar ataques depois disso.

Ele moveu o dedo até o Oeste.

— Lannisporto... o orgulho dos Lannisters. Queime tudo. Sem esse porto, sua riqueza diminuirá, e seu poder será abalado.

As Terras da Tempestade foram o próximo alvo.

— Porto da Tempestade deve ser tomado de surpresa. É pequeno, mas essencial para a fortaleza de Ponta Tempestade. Sem ele, eles ficarão sem peças.

Na Campina, Bu Gai falou com especial desprezo.

— Vilavelha será nosso maior desafio. É o porto mais antigo e mais bem protegido. Ataquem-no com tudo. A destruição da Cidadela será um golpe devastador para o conhecimento e organização dos Sete Reinos.

Quando chegou às Terras da Coroa, sua expressão endureceu.

— Porto Real... o coração do Usurpador. Esse será nosso maior prêmio. Destruam seus estaleiros, queimem seus navios e deixem a cidade à mercê dos dragões.

Finalmente, ele se dirigiu a Dorne.

— Lançassolar e Porto de Salinas são alvos secundários, mas não menos importantes. Ataquem rapidamente, garantam a destruição e avancem.

Ele se virou para Jon, seu rosto uma máscara de confiança fria.

— Jon Pendragon, essa será a maior campanha naval da história. A pólvora que você criou será o coração deste ataque. Com seus dragões e sua magia, você liderará a ofensiva. Deixe os Sete Reinos saberem que seus portos e frotas não podem resistir ao poder de Yi-Ti.

O corte estava em silêncio absoluto. Alguns tremiam, outros mantinham expressões de ódio e determinação, mas todos estavam cientes da magnitude do que Bu Gai e Jon estavam prestes a realizar.

— Preparem tudo — Bu Gai finalizou, voltando ao trono. — Westeros sentirá o peso da ira de Yi-Ti.

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Jon Pendragon consolidava sua posição em Yi-Ti, preparando-se para a campanha contra Westeros. Agora, diante de sua mais nova conquista, O Ninho do Dragão, ele se sentia imbatível.

Construído com pedra negra e reforçado com aço valiriano, o castelo era ainda maior que Harrenhal, superando sua imponência. Torres erguiam-se tão altas que desafiavam os céus, enquanto as paredes resplandeciam com runas esculpidas, irradiando poder e mistério.

Jon, vestido com uma armadura negra ornamentada com detalhes dourados, caminhava lentamente pela entrada principal, acompanhado por Rhaella, que ostentava um vestido prateado com detalhes escarlates, evocando o fogo dos dragões.

— Magnífico — murmurou Rhaella, os olhos percorrendo os vastos corredores decorados com tapeçarias e quadros trazidos das Cidades Livres. — Este castelo não é apenas uma fortaleza. É uma declaração de poder.

Jon assentiu, um sorriso de satisfação no rosto.

— Cada pedra aqui foi escolhida para simbolizar nossa força. O Ninho do Dragão não será apenas um abrigo; será um farol de esperança e poder para aqueles que se aliam a nós, e um aviso para nossos inimigos.

Rhaella parou diante de uma tapeçaria que retratava a história da Casa Pendragon, com dragões flamejantes voando sobre campos de batalha. Ela tocou a superfície da tapeçaria com reverência.

— Nossas raízes são profundas, Jon. Precisamos garantir que o legado dos Targaryen e Valirianos não seja apenas lembrado, mas reverenciado.

Jon olhou para ela, seu olhar intenso.

— E será, avó. Westeros precisa aprender que o dragão não esquece. Com este castelo como nosso símbolo, eles saberão que o poder de Yi-Ti está renascendo.

Enquanto exploravam os corredores, Jon e Rhaella discutiram planos para a defesa e a fortificação do castelo. Cada sala seria equipada com magia e armamentos, preparando-se para o que estava por vir.

— Precisamos garantir que O Ninho do Dragão seja intransponível — afirmou Jon. — Os portos de Westeros não serão os únicos alvos. Se eles se atreverem a atacar, terão que enfrentar o poder que aqui se ergue.

Rhaella sorriu, seu espírito indomável refletido em seus olhos.

— E com os dragões ao nosso lado, não há limites para o que podemos conquistar. Vamos mostrar a eles o verdadeiro significado da força.

Jon, agora cheio de determinação, levou Rhaella para o topo de uma das torres. A vista do castelo era deslumbrante, com as terras de Yi-Ti se estendendo até onde a vista alcançava.

— Este é apenas o começo — disse Jon, olhando para o horizonte. — Em breve, o mundo se curvará diante de nós.

Rhaella colocou a mão em seu ombro, um gesto de apoio silencioso.

— Juntos, somos imparáveis. Que os ventos de Valíria soprem a nosso favor.

Com o Ninho do Dragão como sua nova fortaleza, Jon Pendragon estava decidido a moldar o destino de Yi-Ti e de Westeros, pronto para enfrentar qualquer desafio que surgisse em seu caminho.

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O Grande Salão

Ao entrar no grande salão, Jon e Rhaella foram recebidos pelo calor das duzentas lareiras que iluminavam o ambiente. Um gigantesco trono esculpido em aço valiriano ocupava o centro do salão, ladeado por estátuas de dragões. Candelabros dourados pendiam do teto abobadado, refletindo a luz e criando um brilho quase sobrenatural.

As mesas longas, dispostas para o banquete, estavam cobertas por tecidos de renda e repletas de taças de ouro, vinhos finos de Myr e Lys, e pratos exóticos vindos de terras distantes. No fundo do salão, um estábulo especial para dragões podia ser visto através de um arco de aço, onde os imponentes dragões de Jon se mantinham, guardando o castelo como sentinelas vivas.

Jon parou no centro do salão e olhou ao redor, sentindo a grandiosidade do que havia construído.

— Este castelo é mais do que pedra e aço — disse Jon, com um tom profundo. — É o símbolo de uma nova era. Uma era de fogo e sangue.

Rhaella moveu-se, tocando levemente o braço de Jon.

— Você transformou suas visões em realidade, neto. E este castelo será lembrado por gerações. Não apenas como o Ninho do Dragão, mas como o coração de um império que moldará o destino do mundo.

Jon sorriu, seus olhos fixos no trono de aço valiriano.

— Um império começa com uma base sólida. E isto é apenas o começo.

Enquanto isso, os convidados, nobres e generais, começavam a chegar ao castelo, ansiosos para a celebração do aniversário de Jon. Mas, em seus corações, sabiam que essa não seria apenas uma festa — seria uma declaração de poder, um prelúdio ao caos que estava prestes a engolir Westeros.

Em Porto Real

No grande salão da Fortaleza Vermelha, o Rei Robert Baratheon, sentado em seu Trono de Ferro, balançava uma taça de vinho na mão enquanto ouvia as súplicas e queixas de seus cortesãos. Ele parecia desinteressado, a testa franzida de tédio.

O tom da sala mudou significativamente quando um grupo de comerciantes marítimos, recém-chegados de Essos, foi conduzido ao salão por Sor Barristan Selmy, o Comandante da Guarda Real.

— Fale! — tentou Robert, impaciente. — Não tenho o dia inteiro para ouvir histórias de especiarias e moedas de ouro.

O mais velho dos comerciantes, um homem magro e de aparência cansada, curvou-se profundamente antes de falar.

— Majestade, trazemos novidades de Yi-Ti, das terras além do Mar Estreito. Algo... alarmante.

Robert inclinou-se para frente, interessado pela primeira vez.

— Yi-Ti? Não me interessa o que os orientais fazem em seus templos dourados. Vá direto ao ponto!

— Um castelo foi erguido, Vossa Graça, maior do que qualquer outro em Westeros. Maior até mesmo que Harrenhal. Eles o chamam de Ninho do Dragão.

A menção a "dragão" fez a sala silenciar. Lordes e conselheiros trocaram olhares tensos. Robert abriu os dedos contra os braços do trono, seu semblante endurecendo.

— Ninho do Dragão? — Robert cuspiu as palavras como veneno. — Mais uma referência maldita aos Targaryen?

— Não apenas isso, Vossa Graça — continuou o comerciante, visivelmente nervoso. — Dizem que foi erguido pelo homem chamado Jon Pendragon. Um bastardo, mas ele construiu um exército poderoso. Suas fortalezas estão crescendo e seus homens dizem que ele planeja... atacar Westeros.

Uma taça de vinho nas mãos de Robert foi atirada ao chão, o líquido se espalhando pelo mármore.

O silêncio no salão da Fortaleza Vermelha era quase palpável. Robert Baratheon levantou-se do Trono de Ferro, seus olhos faiscando com fúria. O simples pensamento de outro Targaryen — ou alguém com sangue valiriano — ousando desafiar seu reinado o enchia de ira.

— Jon Pendragon! — rugiu ele. — Esse nome... não é estranho. É o bastardo de Stark, não é? Jon Snow? — Ele virou-se para Jon Arryn, sua Mão, em busca de confirmação.

Jon Arryn, sempre calmo e ponderado, assentiu lentamente.

— É verdade, Vossa Graça. Jon Snow, o filho bastardo de Eddard Stark, desapareceu anos atrás. Se o que ouvimos for verdade, ele não apenas sobreviveu, mas prosperou. Parece que ele forjou uma nova identidade, talvez inspirado pela linhagem da mãe.

— Stark nunca falou disso! — Robert exclamou, batendo o punho no braço do trono. — Traição! Ele sabia e não disse nada! — Ele virou-se para Illyrio Mopatis, o novo Mestre dos Sussurros. — Quero saber tudo sobre esse Jon Pendragon, agora mesmo! Se ele tem dragões, como dizem, precisamos nos preparar!

Illyrio Mopatis inclinou-se, uma expressão astuta no rosto.

— Vossa Graça, meus informantes confirmam que Rhaella não apenas controla dragões, mas também possui um exército considerável, composto de mercenários e tropas de Yi-Ti. O castelo que ele construiu, o Ninho do Dragão, é uma fortaleza incomparável, feita de pedra negra e aço valiriano.

— Então ele não está brincando, hein? — Robert murmurou, apertando os olhos.

Renly Baratheon, o Mestre das Leis, interveio com um tom leve, mas preocupado:

— Se eles realmente têm dragões, isso é mais do que apenas um problema diplomático. Westeros pode estar diante de uma nova Conquista.

Stannis Baratheon, o Mestre dos Navios, sempre sério, cruzou os braços.

— Temos que nos preparar para a guerra no mar. Se ele vier com frotas, precisamos estar prontos para interceptá-lo antes que alcance nossas costas. Quero recursos e homens agora, Vossa Graça.

Mindinho, o Mestre da Moeda, balançou a cabeça com um sorriso calculista.

— Dragões ou não, tudo depende de ouro. Se ele controla mercenários, podemos encontrar uma maneira de comprar a lealdade deles. Ou, ao menos, atrasá-lo.

Robert voltou-se para Illyrio.

— E quanto a espiões? Podemos infiltrar alguém no Ninho do Dragão?

Illyrio inclinou-se mais uma vez.

— É arriscado, Vossa Graça, mas não impossível. Eu já tenho agentes investigando. No entanto, há algo mais. Jon Pendragon parece ter aliados em Essos, incluindo cidades livres como Myr e Lys. Ele também mantém contato com povos que até agora não tinham interesse nos Sete Reinos.

Robert cerrou os punhos.

— Então que venham! Eu derrotei Rhaegar, e posso esmagar outro dragão bastardo!

O salão explodiu em murmúrios. A notícia de um castelo maior que qualquer outro em Westeros e de um bastardo que se casou com as senhoras dos dragões abalava até os lordes mais confiantes. O espectro dos Targaryen parecia mais vivo do que nunca.

Robert Baratheon estava em seu salão privado, longe do caos do Trono de Ferro, mas não menos inquieto. Ele andava de um lado para o outro, seu habitual barril de vinho agora intocado sobre a mesa. A fúria e a ansiedade estavam gravadas em seu rosto.

— Jon Snow! — ele murmurou, a voz carregada de desprezo. — Aquele bastardo! O filho de Ned... ou deveria dizer, o traidor que chamou de filho! E agora ele está casado com elas! — Ele cuspiu a palavra com desgosto. — Rhaella, a velha viúva de Aerys, e Daenerys, a última cria maldita daquele louco.

Robert parou e olhou para a janela, as mãos apertando o parapeito de pedra.

— E agora dizem que eles têm filhos. Sangue de Stark misturado com sangue de dragão! E dragões, também! Filhotes de dragões para seus filhos, como se fossem brinquedos! — Ele bateu o punho contra a pedra. — Maldição! Ned sabia disso? Ele sabia e ficou em silêncio?

A porta se abriu, e Jon Arryn entrou, sua expressão séria. Ele sabia que Robert estava prestes a explodir, mas, como sempre, tentou trazer razão para a tempestade.

— Vossa Graça, controle sua raiva. Isso não ajudará Westeros. Precisamos de um plano, não de acusações contra Eddard.

— Não fale o nome dele! — Robert rugiu. — Ele mentiu para mim, Jon! Ele protegeu aquele bastardo. E agora veja no que deu: dragões, filhos e um castelo maior que qualquer coisa em Westeros!

Jon Arryn respirou fundo.

— Não podemos mudar o passado. O que importa é como reagimos agora. Jon Pendragon está longe, em Essos, mas ele claramente está se preparando. Isso nos dá tempo.

Robert virou-se, os olhos cheios de fúria e frustração.

— Tempo para quê? Para ele criar mais dragões? Para seus filhos crescerem e se tornarem um exército de monstros? Ele está construindo algo maior do que qualquer coisa que já vimos, e enquanto isso, estamos sentados aqui, debatendo como velhos lordes gordos!

— Precisamos de aliados, Vossa Graça — disse Jon Arryn. — Se Jon Pendragon atacar, ele não estará sozinho. Precisamos garantir que Westeros esteja unida contra ele.

— Unida? — Robert zombou. — Os Greyjoys odeiam todos. Os Martells nunca me perdoaram. E os Tyrells... mal posso confiar neles. Quem vai nos ajudar contra dragões e magia?

— O que Westeros sempre fez contra dragões, Vossa Graça — Jon Arryn disse calmamente. — Com ferro e fogo.

Robert bufou, mas não respondeu. Ele sabia que Jon Arryn estava certo, mas a ideia de enfrentar outro inimigo valiriano, ainda mais alguém com laços de sangue com seu melhor amigo, o enchia de um tipo de medo que ele não queria admitir.

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O Grande Salão

Ao entrar no Grande Salão, Jon e Rhaella foram envolvidos pelo calor das duzentas lareiras que iluminavam o ambiente. Um trono colossal, esculpido em aço valiriano, ocupava o centro do salão, ladeado por estátuas de dragões. Candelabros dourados pendiam do teto abobadado, refletindo a luz e criando um brilho quase sobrenatural.

As mesas longas, dispostas para o banquete, estavam cobertas por tecidos de renda e repletas de taças de ouro, vinhos finos de Myr e Lys, e pratos exóticos vindos de terras distantes. No fundo do salão, um estábulo especial para dragões era visível através de um arco de aço, onde os imponentes dragões de Jon se acomodavam, guardando o castelo como sentinelas vivas.

Jon parou no centro do salão e olhou ao redor, sentindo a grandiosidade do que havia construído.

— Este castelo é mais do que pedra e aço — disse Jon, com um tom profundo. — É o símbolo de uma nova era. Uma era de fogo e sangue.

Rhaella tocou levemente o braço de Jon.

— Você transformou suas visões em realidade, neto. E este castelo será lembrado por gerações. Não apenas como o Ninho do Dragão, mas como o coração de um império que moldará o destino do mundo.

Jon sorriu, seus olhos fixos no trono de aço valiriano.

— Um império começa com uma base sólida. E isto é apenas o começo.

Enquanto isso, os convidados, nobres e generais, começavam a chegar ao castelo, ansiosos para a celebração do aniversário de Jon. Mas, em seus corações, sabiam que essa não seria apenas uma festa — seria uma declaração de poder, um prelúdio ao caos que estava prestes a engolir Westeros.

Em Porto Real

No grande salão da Fortaleza Vermelha, o Rei Robert Baratheon, sentado em seu Trono de Ferro, balançava uma taça de vinho na mão enquanto ouvia as súplicas e queixas de seus cortesãos e senhores. Ele parecia desinteressado, a testa franzida de tédio.

O tom da sala mudou significativamente quando um grupo de comerciantes marítimos, recém-chegados de Essos, foi conduzido ao salão por Sor Barristan Selmy, o Comandante da Guarda Real.

— Fale! — ordenou Robert, impaciente. — Não tenho o dia inteiro para ouvir histórias de especiarias e moedas de ouro.

O mais velho dos comerciantes, um homem magro e de aparência cansada, curvou-se profundamente antes de falar.

— Majestade, trago novidades de Yi-Ti, das terras além do Mar Estreito. Algo... alarmante.

Robert inclinou-se à frente, interessado pela primeira vez.

— Yi-Ti? Não me interessa o que os orientais fazem em seus templos dourados. Vá direto ao ponto!

— Um castelo foi erguido, Vossa Graça, maior do que qualquer outro em Westeros. Maior até mesmo que Harrenhal. Eles o chamam de Ninho do Dragão.

A menção a "dragão" fez a sala silenciar. Lordes e conselheiros trocaram olhares tensos. Robert abriu os dedos contra os braços do trono, seu semblante endurecendo.

— Ninho do Dragão? — Robert cuspiu as palavras como veneno. — Mais uma referência maldita aos Targaryen?

— Não apenas isso, Vossa Graça — continuou o comerciante, visivelmente nervoso. — Dizem que foi erguido pelo homem chamado Jon Pendragon. Um bastardo, mas ele construiu um exército poderoso. Suas fortalezas estão crescendo e seus homens dizem que ele planeja... atacar Westeros.

Uma taça de vinho nas mãos de Robert foi atirada ao chão, o líquido se espalhando pelo mármore.

O silêncio no salão da Fortaleza Vermelha era quase palpável. Robert Baratheon levantou-se do Trono de Ferro, seus olhos faiscando com fúria. O simples pensamento de outro Targaryen — ou alguém com sangue valiriano — ousando desafiar seu reinado o enchia de ira.

— Jon Pendragon! — rugiu ele. — Esse nome... não é estranho. É o bastardo de Stark, não é? Jon Snow? — Ele virou-se para Jon Arryn, sua Mão, em busca de confirmação.

Jon Arryn, sempre calmo e ponderado, assentiu lentamente.

— É verdade, Vossa Graça. Jon Snow, o filho bastardo de Eddard Stark, desapareceu anos atrás. Se o que ouvimos for verdade, ele não apenas sobreviveu, mas prosperou. Parece que ele forjou uma nova identidade, talvez inspirado pela linhagem da mãe.

— Stark nunca falou disso! — Robert exclamou, batendo o punho no braço do trono. — Traição! Ele sabia e não disse nada! — Ele virou-se para Illyrio Mopatis, o novo Mestre dos Sussurros. — Quero saber tudo sobre esse Jon Pendragon, agora mesmo! Se ele tem dragões, como dizem, precisamos nos preparar!

Illyrio Mopatis inclinou-se, uma expressão astuta no rosto.

— Vossa Graça, meus informantes confirmam que Rhaella não apenas controla dragões, mas também possui um exército considerável, composto de mercenários e tropas de Yi-Ti. O castelo que ele construiu, o Ninho do Dragão, é uma fortaleza incomparável, feita de pedra negra e aço valiriano.

— Então ele não está brincando, hein? — Robert murmurou, apertando os olhos.

Renly Baratheon, o Mestre das Leis, interveio com um tom leve, mas preocupado:

— Se eles realmente têm dragões, isso é mais do que apenas um problema diplomático. Westeros pode estar diante de uma nova Conquista.

Stannis Baratheon, o Mestre dos Navios, sempre sério, cruzou os braços.

— Temos que nos preparar para a guerra no mar. Se ele vier com frotas, precisamos estar prontos para interceptá-lo antes que alcance nossas costas. Quero recursos e homens agora, Vossa Graça.

Mindinho, o Mestre da Moeda, balançou a cabeça com um sorriso calculista.

— Dragões ou não, tudo depende de ouro. Se ele controla mercenários, podemos encontrar uma maneira de comprar a lealdade deles. Ou, ao menos, atrasá-lo.

Robert voltou-se para Illyrio.

— E quanto a espiões? Podemos infiltrar alguém no Ninho do Dragão?

Illyrio inclinou-se mais uma vez.

— É arriscado, Vossa Graça, mas não impossível. Eu já tenho agentes investigando. No entanto, há algo mais. Jon Pendragon parece ter aliados em Essos, incluindo cidades livres como Myr e Lys. Ele também mantém contato com povos que até agora não tinham interesse nos Sete Reinos.

Robert cerrou os punhos.

— Então que venham! Eu derrotei Rhaegar, e posso esmagar outro dragão bastardo!

O salão explodiu em murmúrios. A notícia de um castelo maior que qualquer outro em Westeros e de um bastardo que se casou com as senhoras dos dragões abalava até os lordes mais confiantes. O espectro dos Targaryen parecia mais vivo do que nunca.

No Salão Secreto da Cidadela

No coração da Cidadela em Vilavelha, em um salão secreto iluminado apenas por tochas tremeluzentes, trinta Arquimeistres estavam reunidos ao redor de uma mesa de obsidiana. Os rostos sérios e as vozes em sussurros refletiam a gravidade do encontro. Este não era um conselho acadêmico comum; era um conclave de conspiradores, tramando silenciosamente contra o retorno da magia ao mundo.

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Arquimeistres Presentes: Archmaester Vaelor – Mestre de História e um dos líderes da conspiração.

Archmaester Ryben – Especialista em alquimia e venenos

Archmaester Nestor – Mestre das crônicas de guerra.

Archmaester Loras – Autoridade em ciências naturais.

Archmaester Tybald – Guardião dos segredos dos deuses novos.

Archmaester Galwyn – Estudioso das artes curativas.

Archmaester Darnell – Mestre da astronomia.

Archmaester Morrick – Especialista em criptografia.

Archmaester Crelyn – Conhecedor dos mitos valirianos.

Archmaester Oldan – Guardião das linguagens antigas.

Archmaester Boras – Mestre da anatomia e cirurgias.

Archmaester Tharen – Pesquisador das criaturas mágicas.

Archmaester Kelden – Estudioso de comércio e economia.

Archmaester Uthor – Guardião das genealogias reais.

Archmaester Maeren – Historiador das casas nobres de Westeros.

Archmaester Farwyn – Especialista em armas e metalurgia.

Archmaester Ordryn – Estudioso da psicologia humana.

Archmaester Parthon – Autoridade em ética e moralidade.

Archmaester Sylas – Mestre das heresias e cultos.

Archmaester Corran – Conhecedor das lendas dornesas.

Archmaester Jorwyn – Mestre das geografias antigas.

Archmaester Beltram – Especialista em diplomacia e espionagem.

Archmaester Varrek – Guardião dos tratados marítimos.

Archmaester Olyas – Pesquisador das magias proibidas.

Archmaester Dareth – Conhecedor da história da Noite Escura.

Archmaester Quennar – Mestre da botânica mágica.

Archmaester Rykell – Guardião dos segredos de Westeros.

Archmaester Allard – Especialista em Valíria antes da Perdição.

Archmaester Thorwyn – Pesquisador das culturas orientais.

Archmaester Arvys – Mestre dos estudos sobre dragões.

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Conspiração Revelada

Archmaester Vaelor:

— Os dragões vivem novamente, após tudo que fizemos. Nosso trabalho deveria ter acabado quando envenenamos o Rei Louco e matamos o filho que crescia no ventre de Rhaella. Agora, um bastardo Stark-Targaryen ameaça tudo.

Archmaester Ryben:

— Não só os dragões vivem, mas multiplicam-se. O bastardo de Eddard Stark criou algo além de nossos piores pesadelos. Ele construiu um castelo que rivaliza Harrenhal. Seu poder cresce enquanto nós discutimos em segredo.

Archmaester Loras:

— Isso é culpa da complacência. Deveríamos ter extinto toda semente de Valíria. O fogo do dragão e a magia não têm lugar neste mundo.

Archmaester Tybald:

— Mas como erradicaremos esse bastardo? Ele está em Yi-Ti, fora do alcance de nossas influências. E agora, com a magia retornando ao mundo, até mesmo os pequenos conselhos dos lordes temem falar contra ele.

Archmaester Galwyn:

— Não é uma questão de alcance, mas de determinação. A magia é uma doença, e como qualquer doença, deve ser extirpada com precisão e força.

Os Arquimeistres concordavam silenciosamente, mas a tensão era palpável. A mesa era o epicentro de uma guerra invisível contra forças que há muito consideravam extintas. A conspiração que outrora envenenara reis e exterminara linhagens agora enfrentava um desafio maior: o renascimento da magia e a ameaça de um mundo novamente governado por dragões.

No salão secreto da Cidadela, as tochas tremeluziam, lançando sombras inquietas sobre os rostos tensos dos Arquimeistres. O ambiente era pesado, carregado de medo, raiva e, acima de tudo, uma sensação de impotência diante do renascimento do que eles passaram séculos tentando apagar.

Archmaester Vaelor se levantou lentamente, suas mãos trêmulas traindo sua idade, mas sua voz era firme. Ele olhou para os outros com olhos que pareciam consumir o ar ao seu redor.

— Tudo o que fizemos... tudo pelo que lutamos está ameaçado. Envenenamos reis, conspiramos para matar crianças inocentes, destruímos cada vestígio de magia que encontramos. E agora... um bastardo Stark-Targaryen e seus dragões riem de nossas ações!

Os murmúrios cresceram, alguns Arquimeistres assentindo com aprovação, outros apertando os punhos em silêncio.

Archmaester Ryben, um homem de olhos fundos e uma expressão amarga, bateu a palma da mão na mesa.

— Rimos de Harrenhal, chamando-o de monumento à arrogância e loucura. Agora esse Jon Pendragon ergue algo ainda maior. Um castelo feito de pedra negra e aço valiriano, com estábulos para dragões. Ele ousa desafiar o equilíbrio natural do mundo!

Archmaester Tharen, mais jovem e menos endurecido que os outros, olhou ao redor nervosamente.

— Mas... e se estivermos errados? E se a magia não for o inimigo? Talvez... talvez os dragões e os poderes antigos estejam retornando porque o mundo precisa deles?

A sala mergulhou em silêncio absoluto, quebrado apenas pelo estalo das tochas. Então, Archmaester Vaelor lançou um olhar de puro desdém para Tharen.

— Você ousa questionar séculos de conhecimento? Ousaria olhar nos olhos daqueles que pereceram na Dança dos Dragões ou na Perdição de Valíria e dizer que a magia é um bem?

Tharen abriu a boca para responder, mas foi interrompido por Archmaester Olyas, que era conhecido por seus estudos das magias proibidas.

— A questão não é se a magia é boa ou má. A questão é que ela é incontrolável. E homens como Jon Pendragon não buscam equilíbrio; buscam poder. Ele não vai parar até queimar todos nós com seu fogo de dragão.

Archmaester Loras se levantou abruptamente, derrubando sua cadeira.

— Então, o que faremos? Mais conspirações? Mais envenenamentos? Não podemos simplesmente despachar assassinos para Yi-Ti! O homem está além do nosso alcance, protegido por dragões, ouro e exércitos.

Archmaester Uthor, que raramente falava, ergueu a cabeça. Sua voz era baixa, mas carregava uma gravidade que silenciou a sala.

— Talvez não possamos alcançá-lo... mas podemos preparar Westeros. Plantar dúvidas. Enfraquecer a fé no retorno da magia. Tornar Jon Pendragon um monstro antes mesmo de ele chegar.

Os olhos de todos se voltaram para ele. Archmaester Morrick, o mestre da criptografia, sorriu ligeiramente.

— Rumores... verdades distorcidas. Podemos manipular o medo das pessoas, como sempre fizemos.

Vaelor apertou os punhos sobre a mesa, sua voz crescendo com determinação.

— Westeros deve ser convencido de que o fogo dos dragões e a escuridão da magia trarão apenas ruína. E se Robert Baratheon for tolo demais para agir, devemos garantir que outros o façam por ele.

O ar parecia vibrar com a intensidade das emoções na sala. Era mais do que medo da magia; era orgulho ferido, a sensação de que séculos de trabalho estavam à beira de desmoronar.

Ryben, que permanecera em silêncio até então, falou suavemente, mas suas palavras foram como veneno.

— Deixe queimar Harrenhal novamente, se for necessário. Mas esse Ninho do Dragão não pode ser permitido a viver.

Vaelor assentiu, seu olhar fixo em cada rosto na mesa.

— Não importa o preço. Não importa quantas vidas sejam sacrificadas. Esse Jon Pendragon, sua linhagem maldita e seus dragões devem ser erradicados.

E assim, em um salão de pedras frias em Vilavelha, a conspiração foi selada. Eles sabiam que estavam lidando com forças que não podiam controlar. Mas também sabiam que fariam o impossível para destruir Jon Pendragon e seu mundo.

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No Ninho do Dragão

No majestoso salão do Ninho do Dragão, Jon Pendragon estava sentado em seu trono forjado de aço valiriano. À sua frente, uma mesa de mapas de Westeros e Essos estava cuidadosamente disposta, iluminada pelo brilho suave das tochas e pelas chamas que emanavam de uma das lareiras. A sala estava silenciosa, exceto pelo som de passos suaves que ecoavam pelas paredes quando Rhaella Targaryen, sua esposa e conselheira, entrou no salão.

Ela era uma visão de poder e elegância, com um vestido de seda negra adornado com detalhes dourados que lembravam escamas de dragão. Ao se aproximar, seus olhos brilhavam com curiosidade e determinação.

— Meu senhor, chego com as notícias que você pediu. — Sua voz era suave, mas carregava autoridade.

Jon, que estava concentrado em um pequeno artefato de cristal em sua mão, olhou para ela. Ele segurava o cristal de comunicação, um dispositivo mágico raro que seus magos haviam forjado, permitindo que ele ouvisse conversas distantes através de seus espiões.

— Eles estão tramando contra nós, como esperado — Jon disse, com um sorriso frio, indicando que ela deveria se aproximar.

Ele gesticulou para os artistas, e Rhaella se inclinou para ouvir. Uma voz rouca ecoava do cristal, uma conversa abafada, mas clara o suficiente para entender.

— ...não importa o preço. Não importa quantas vidas sejam sacrificadas. Esse Jon Pendragon, sua linhagem maldita e seus dragões devem ser erradicados.

Era o Arquimeistre Vaelor, liderando claramente os outros em uma conspiração para destruir a magia e a linhagem Targaryen.

Rhaella arqueou uma sobrancelha, seu olhar encontrando o de Jon.

— Eles nunca desistirão, não é? Mesmo com Harrenhal como exemplo de sua arrogância, agora buscam outro caminho.

Jon se falou, deixando o cristal de lado, e caminhou até a varanda do salão. Ele olhou para o horizonte, onde seus dragões podiam ser vistos voando ao longe. Sua expressão era calma, mas seus olhos traíam a fúria que crescia dentro dele.

— A Cidadela acredita que é o centro de todo o conhecimento, o guardião da "ordem". Mas eles são apenas homens cegos, temendo que não possam controlar. — Ele voltou para Rhaella. — E se pensam que podemos nos destruir, são gravemente enganados.

 

Rhaella concordou e entregou-lhe um pergaminho.

— Nossos espiões já estão infiltrados em Westeros. Temos olhos e ouvidos em Porto Real, Vilavelha, Lannisporto, até mesmo no Ninho da Águia. Os relatórios indicam que a nobreza está fragmentada. Robert Baratheon bebe mais do que governa, e a desconfiança entre seus conselheiros cresce.

 

Jon abriu o pergaminho e leu rapidamente.

— Excelente. Mas não basta ouvir. Quero que cada espião esteja ativo. Espalhem rumores de traição entre eles. Incentivos a disputas entre as casas. Cada dúvida que plantarmos agora será uma vantagem quando o tempo chegar.

 

Rhaella se mudou, colocando uma mão no ombro de Jon.

— E sobre a Cidadela? Eles não são como os lordes de Westeros. Seus métodos são sutis, mas mortais.

 

Jon virou-se para ela, seus olhos ardendo com determinação.

— Eles tramaram nas sombras por tempo demais. Está na hora de lembrar que a magia não é algo que pode enjaular. Quero que nossos magos usem seus próprios truques contra eles. Deixem que vejam o verdadeiro poder do sangue de dragão.

 

Rhaella sorriu levemente, vendo a confiança inabalável de Jon.

— Como desejar, meu marido. Nossos espiões também estão monitorando os movimentos de Stannis, Renly e até mesmo dos Greyjoy. Estamos prontos para reagir a qualquer movimento inesperado.

 

Jon segurou a mão dela, um raro gesto de carinho.

— Com você ao meu lado, Rhaella, e com nossos aliados bem posicionados, não há força neste mundo ou no próximo que possa nos deter.

 

Eles ficaram ali, lado a lado, olhando para o horizonte, onde o futuro de fogo e sangue já estava sendo forjadoo.

FIM


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