Soul Eater: A Alabarda da Morte

Era uma noite escura e silenciosa quando Keyon e Cleo receberam sua nova missão da Death Academy. Um novo Kishin havia sido localizado nos arredores de uma cidade abandonada. A presença do Kishin era incomum; relatos indicavam que ele atraía outros demônios menores, formando uma espécie de culto ao seu redor.

"Isso não é só mais um Kishin," comentou Cleo, enquanto caminhavam pela trilha desolada, iluminada apenas pela lua cheia. "Se ele está reunindo seguidores, pode ser mais perigoso do que os anteriores."

"Concordo," disse Keyon, ajustando o colar de prata que sempre usava. "Vamos nos manter atentos. Algo sobre essa missão não parece certo."

Quando chegaram ao local, a cidade estava envolta em uma aura pesada. Os prédios estavam em ruínas, e as ruas estavam cobertas de um nevoeiro denso que parecia pulsar com uma energia sinistra.

"Está aqui," disse Keyon, sentindo a presença do Kishin. Ele convocou Cleo para sua forma de arma, e a alabarda brilhou em suas mãos com uma luz azulada.

Antes que pudessem avançar, um som peculiar os interrompeu. Era o som de passos calmos, mas firmes, ecoando pelas ruas vazias.

Do nevoeiro, surgiu uma figura feminina. Seu cabelo negro escorria como tinta sobre os ombros, e seus olhos brilhavam com um vermelho intenso. Era Kurona, uma conhecida oponente dos estudantes da Death Academy. Ela estava acompanhada de sua arma demoníaca, um par de lâminas gêmeas cobertas de runas.

"Bem, bem," disse Kurona, com um sorriso sinistro. "O que temos aqui? Mais um Meister e sua arma tentando provar que são dignos?"

"Kurona," murmurou Cleo, com um tom de alerta.

"Você a conhece?" perguntou Keyon, mantendo a alabarda firme.

"Ela é uma ex-estudante da Death Academy. Foi expulsa por práticas proibidas, mas desde então tem caçado Kishins... para absorver o poder deles diretamente."

Kurona inclinou a cabeça. "Ah, então minha reputação me precede. Que honra. Mas sinto dizer que este Kishin é meu. Sugiro que voltem para a academia antes que se machuquem."

"Você não vai passar," disse Keyon, com firmeza.

Kurona sorriu, levantando suas lâminas gêmeas. "Então, parece que teremos que resolver isso do jeito difícil."

Sem aviso, ela avançou. Suas lâminas cortavam o ar com uma velocidade impressionante, forçando Keyon a desviar e contra-atacar com movimentos precisos. Cleo, em sua forma de alabarda, vibrava com energia, ajudando Keyon a bloquear os golpes rápidos e imprevisíveis de Kurona.

"Ela é boa," disse Cleo. "Mas não invencível."

"Vamos mostrar para ela do que somos feitos," respondeu Keyon.

Eles ativaram sua ressonância de almas, criando uma aura azul que envolveu a alabarda. Com cada golpe, a pressão entre as armas ressoava pelas ruas, como trovões em uma tempestade.

Mas Kurona não estava lutando sozinha. A energia demoníaca de suas lâminas gêmeas começou a se intensificar, liberando ataques que forçavam Keyon e Cleo a recuar.

No meio do confronto, uma explosão de energia emanou do coração da cidade. O Kishin havia aparecido. Era uma figura grotesca, com várias cabeças e um corpo coberto de olhos pulsantes que irradiavam loucura.

"Então ele finalmente mostra o rosto," disse Kurona, recuando alguns passos para observar a criatura.

Keyon aproveitou a pausa para recuperar o fôlego. "Kurona, isso não é só sobre poder. Esse Kishin está se alimentando da loucura ao nosso redor. Se não o derrotarmos agora, ele vai evoluir."

Kurona olhou para Keyon com um sorriso enigmático. "Você tem razão. Mas só há uma alma para consumir. E essa será minha."

Por mais relutante que fosse, Keyon sabia que lutar contra Kurona e o Kishin ao mesmo tempo seria suicídio. "Vamos fazer um acordo," disse ele. "Nós lutamos juntos e derrotamos essa coisa. Depois, discutimos quem fica com a alma."

Kurona riu. "Interessante. Muito bem, Meister. Vou brincar de equipe... por enquanto."

Com a aliança forjada, os três se voltaram para o Kishin. A batalha estava prestes a começar, mas Keyon sabia que, mesmo com a força combinada deles, isso não seria fácil. A loucura já estava começando a se infiltrar em suas mentes, e o Kishin parecia crescer a cada segundo.