Chapter 128: Capítulo 129: Comece a guerra!
— Boa sorte, pessoal! — disse Mira pelo rádio, a tensão evidente na sua voz.
O general executor pousou diante das muralhas com uma expressão imponente, seus tentáculos se agitando como serpentes no ar. A energia ao redor parecia pesar, como se a própria atmosfera soubesse da ameaça que ele representava.
— Estão empolgados, humanos? — zombou o general, sua voz carregada de desprezo. — Hoje, não viemos por vocês!
— Que diabos ele tá fazendo aqui, então?! — exclamou Himitsu, cerrando os punhos.
O general ergueu uma das mãos, como se silenciasse o campo inteiro com um gesto.
— Eu avisei que viria depois que o filho da sua líder nascesse. Não tem por que matá-los agora.
O silêncio que se seguiu foi quebrado pelo murmúrio confuso dos soldados.
— Hein?! — vários deles exclamaram ao mesmo tempo, trocando olhares incrédulos.
— Só vim avisar... Encontramos ghouls de outro reino invadindo o território do monarca. Podem esperar, uma guerra começará em breve! — declarou o general com um tom que mesclava seriedade e escárnio.
Ryuji virou-se rapidamente para o mini ghoul, sua expressão carregada de incredulidade.
— Mini ghoul, esse cara tá tirando com a nossa cara?
O mini ghoul, que flutuava ao lado de Himitsu, apenas balançou a cabeça.
— Não. Ele está falando sério.
— Você só pode estar brincando! O filho dela já nasceu, e agora vem me dizer que não é por isso que está aqui?! — gritou Himitsu, sua voz transbordando indignação. — Venha nos enfrentar, seu lixo!
O general virou a cabeça lentamente para encará-la, os olhos brilhando com algo entre desprezo e curiosidade.
— Já nasceu? — murmurou ele, confuso. — Que estranho... Aquela humana ainda não deu à luz. Nós calcularam os meses errado?
Ele então desviou o olhar para os soldados, analisando-os friamente, e em seguida voltou sua atenção para as armas que adornavam a muralha.
— Já que estão dizendo isso... — começou ele, sua voz carregada de decisão. — Matem todos os humanos que têm cheiro de ghoul. Mas escutem bem: não entrem nas casas deles!
As asas dos ghouls se abriram com um estrondo, rasgando o ar enquanto começavam a voar, passando lado a lado do general, suas sombras se projetando como espectros ameaçadores. Alguns se dirigiram diretamente para os soldados, enquanto outros se lançaram em direção ao céu, desaparecendo na vastidão.
— Acho que dava para ganhar mais tempo! — disse Yan, com um tom brincalhão
— E qual seria a graça de ter que esperar mais? — exclamou Himitsu, com um sorriso sombrio se formando em seu rosto, sentindo a adrenalina em suas veias. O combate estava prestes a se intensificar, e ela ansiava por isso.
— Verdade. Vamos acabar com ele aqui e agora! — Ravena disse, sua voz decidida, quase como um trovão, enquanto tomava posição. Cada músculo de seu corpo se preparava para a batalha final.
— Só precisamos abrir um pouco o caminho! — disse Joana, os olhos fixos no horizonte, onde os ghouls se aproximavam a passos largos.
— E essa é minha função! — disse Kratos com um sorriso desafiador, avançando à frente dos soldados, o peso de sua metralhadora como um peso de guerra em suas mãos.
— Abre caminho para nós, grandão! — disse Yan
— Ativar Quebra de Limite! — ordenou Kratos, e no instante em que ele pronunciou as palavras, seu traje pulsou com uma energia imensa. A fumaça começou a se espalhar ao seu redor, engolindo-o, mas seus movimentos não foram impedidos.
Os ghouls reagiram momentaneamente, mas logo se recuperaram, mantendo seu avanço. A fumaça envolvia Kratos como uma tempestade, enquanto a chuva de balas explodia ao seu redor. As balas rasgaram o ar e encontraram os ghouls com uma precisão mortal, limpando as fileiras à frente.
A fumaça parecia não ter fim, mas os ghouls mais distantes, aqueles que já haviam ultrapassado a linha limite dos soldados, caíam ao chão com o impacto das balas disparadas pela muralha, que agora se era como uma fortaleza de fogo.
— Logo é a vez de vocês! — bradou Kratos, sua voz repleta de confiança. O som das balas cessou por um breve momento.
— Nós sabemos! — responderam os soldados, suas vozes ressoando como um eco de determinação. Eles já estavam em posição de combate, aguardando o comando final para avançar.
Os ghouls que haviam se elevado aos céus agora desciam em queda livre, seus olhos brilhando com intenção assassina. Eles visavam as armas, certos de que poderiam destruí-las. Não eram todos que estavam mirando nos ghouls terrestres, mas algumas armas já estavam ajustada mirando para o céu. O fogo começou a se abrir, uma tempestade de balas cortando o ar como trovões.
Muitos ghouls caíram, despedaçados pelo poder dos tiros, mas alguns, com uma força implacável, continuaram a sua descida. Outros estavam já escalando, como demônios dispostos a arrastar suas presas para o abismo. Mesmo os que foram abatidos no ar caíam pesadamente sobre a muralha, derrubando armas e espalhando caos. E assim, os ghouls finalmente invadiram o reino.
— Eles entraram! — avisou Thais, ela não parecia preocupada
— Como o planejado! — respondeu Ravena, com um sorriso frio e determinado, observando a cena com uma calma calculada. A batalha estava apenas começando.
— Agora é com vocês! — disse Kratos, sua metralhadora cessando o fogo, seu olhar fixo no horizonte onde a guerra se desenrolava.
Os soldados e o mini ghoul avançaram com rapidez, prontos para enfrentar a fúria dos ghouls que agora se espalhavam pelo campo de batalha. A tensão era palpável, como uma corda prestes a arrebentar.
— Eles planejaram bem. Só vamos perder soldados. Vocês sabem o que fazer! — disse o general, sua voz grave e cheia de autoridade, dirigindo-se a um pelotão de ghouls que aguardava sua ordem para atacar. Eles avançaram, os olhos fixos no objetivo.
Esses ghouls formavam um pelotão especializado, uma unidade liderada por um lider, alguém de extrema confiança do próprio general. Eles se lançaram em direção aos soldados, prontos para fazer a guerra em sua forma mais brutal.
O general observava a batalha, sua mente calculando todos os movimentos, analisando os próximos passos. "Eles conseguiram adentrar o reino deles... mas como vão lidar com essa quantidade de ghouls?" pensou ele, os olhos penetrantes acompanhando cada movimento dos monstros que cruzavam a muralha.
Os ghouls pareciam inquietos, como se algo estivesse prestes a acontecer. "Isso é..." o pensamento percorreu rapidamente as mentes de todos os ghouls, incluindo o mini ghoul. O presságio era inevitável.
— Vamos! — gritou o general, seus olhos ardiam com uma fúria antiga enquanto ele alçava voo para o alto. Sua figura se erguia como um foguete, imponente.
Imediatamente, todos os ghouls que estavam fora da muralha seguiram o exemplo do líder, subindo para o céu deixando para trás a terra que havia testemunhado tantas mortes.
— O que aconteceu? — exclamou Joana, seu olhar confuso e apreensivo, sem entender o movimento repentino dos ghouls.
— Um monarca entrou neste território! — disse o mini ghoul, seus olhos brilhando com uma mistura de surpresa e temor.
— Por que logo agora? Perdemos nossa chance de matar o general! — disse Himitsu, irritada, seu punho fechado com raiva.
— Deixa isso para lá! Vamos ajudar a eliminar os que entraram! — disse Joana, ativando as asas do traje com um brilho intenso. A energia que emanava das asas parecia cortar o ar, e ela alçou voo, liderando o avanço.
Os soldados não hesitaram em segui-la, manifestando suas próprias asas e voando em direção ao interior da muralha.
Dentro do reino, a cena era um caos absoluto. Armas automatizadas estavam espalhadas por todo o território, algumas ainda em funcionamento, disparando rajadas de balas que destruíam os ghouls em massa.
Os corpos monstruosos se acumulavam em pilhas grotescas, enquanto outras armas jaziam destruídas, esmagadas ou desativadas pelos ataques dos ghouls mais ferozes.
Mesmo assim, muitos ghouls haviam conseguido ultrapassar as defesas. Eles se espalharam como uma praga pela capital, vagando entre ruas e praças, enquanto outros eram sistematicamente eliminados pelas armas do instituto. Alguns ainda avançavam em direção à base da Sexta Divisão, mas os soldados estavam prontos para interceptá-los.
Os soldados que haviam decolado sobrevoaram o reino, suas sombras projetadas sobre a devastação abaixo. Sem perder tempo, avançaram em direção à base, onde uma figura solitária aguardava, cercada pelos corpos mutilados de dezenas de ghouls. Era como se a morte tivesse se materializado ali, e ela ria.
— Como é bom lutar de novo! — exclamou Rem, limpando o sangue de sua espada com um movimento firme. Sua voz ecoou pela área, carregada de uma satisfação quase sombria.
Os soldados pousaram, observando a carnificina ao redor. Muitos dos corpos dos ghouls apresentavam cortes limpos
"Muitos estão com cortes de lâmina... Foi a Rem!" pensaram os soldados, trocando olhares intrigados. "Mas por que ela não deixou as armas fazerem isso?"
— Já acabaram? — exclamou Rem, olhando para eles com um sorriso desafiador.
— Não era para você estar com sua filha? — perguntou Himitsu
— Qual das duas? — brincou Rem, soltando uma risada leve. — Eu pensei em me divertir um pouco depois de um ano sem ação! — completou ela, girando a espada ensanguentada em sua mão.
— Parece que um monarca entrou neste país. O general e os ghouls foram para lá. Ainda há alguns na capital, mas não estão atacando as pessoas. Então, é melhor não interferir! — explicou Joana, ajustando as asas enquanto olhava para o horizonte com preocupação.
— Bom trabalho. Vamos coletar esses corpos! — ordenou Rem, apontando para os cadáveres.
— O problema é ter lugar para tantos corpos! — comentou Himitsu, observando a montanha de restos monstruosos.
— Guarda o que for suficiente. O restante, o mini ghoul come ou vira pó! — disse Rem, com um sorriso predatório enquanto começava a caminhar. Ela parecia completamente à vontade em meio à destruição.
— Ela me dá medo! — disse Lena, seus olhos fixos em Mira, com um arrepio percorrendo sua espinha.
— Xiu! Ela vai te ouvir! — sussurrou Ravena, lançando um olhar de advertência, enquanto tentava disfarçar a própria inquietação.
A cena corta para a capital.
Um ghoul parou na entrada de um cemitério, um sorriso maligno distorcendo seu rosto.