Poder Valiria

Chapter 6: Volantis e Valiria



Maegor II, Rhaella, Viserys e Daenerys Targaryen estavam em Volantis, atrás da Muralha Negra, sob a proteção de Malaquo Maegyr, um dos Tigres, e Doniphos Paenymion, um dos Elefantes. Ambos eram membros da atual Tríade, junto com o Templo do Senhor da Luz de Volantis, a Mão Ardente, onde Benerro, o Sumo Sacerdote, e seu fiel assistente, Moqorro, me apoiaram em minha jornada.

Dentro de um ano, Maegor conquistou Volantis, e a cidade inteira se rendeu. A escravidão foi abolida. Com o dinheiro que obtive, comecei a comprar escravos e conceder-lhes liberdade, fazendo com que as cidades de Volon Therys, Valysar e Selhorys crescessem em população, com o sangue da antiga Valíria. Quanto aos não-valirianos, recebi notícias de que meu tio estava preso. Não me importo com ele; que morra. Eddard Stark e aquela mulher, Catelyn Stark, receberam uma carta do Senhor Comandante informando que eu não me juntei à Patrulha da Noite e que peguei um navio rumo a Essos. Como não fiz nenhum juramento, não serei acusado de violá-lo.

Maegor e o resto da família estavam em Volantis, onde começou a traçar um plano para controlar a cidade e usá-la para trazer Valíria de volta.

Rhaella estava em seu quarto quando Daenerys entrou.

— Mãe? — perguntou Daenerys.

— Sim? — respondeu Rhaella.

— Aemon irá lutar pelo Trono de Ferro ou ele trará Valíria de volta?

— Eu não sei. Com isso, podemos aumentar ainda mais nossa riqueza e nos proteger do usurpador.

— E eu vou me casar com Viserys?

— A decisão é sua.

— Não sei se quero me casar com Viserys. Ele quase me vendeu para Khal Drogo.

— Você está segura aqui, minha filha.

Daenerys acenou com a cabeça, mas sua expressão mostrava hesitação.

Maegor tinha um plano: usar o garoto Blackfyre para criar ainda mais caos nos Sete Reinos. Afinal, se eu não mudar nada, a linha do tempo seguirá seu curso e tudo acontecerá como em minha vida anterior. Eu só mudarei algumas coisas. Por exemplo, o povo livre que irá invadir a Muralha; se eu não tivesse me infiltrado entre eles, nunca teria descoberto o plano de invasão. Seria interessante ver o Norte ser invadido por cem selvagens. Isso ajudaria a limpar o nome da minha mãe, que fugiu e fez tantas besteiras. Assim, eu poderia restaurar a honra da minha casa, a Casa Targaryen, e colocar o Norte como um aliado.

Planejo também pegar o bastardo de Robert I e legitimá-lo para usá-lo. Eles serão úteis para mim, seja Edric Tempest, Gendry, Mya Stone, ou até mesmo Shireen Baratheon, a única filha de Stannis. Usá-la para unificar a Ponta Tempestade seria mais fácil. Ou, quem sabe, deixar os Sete Reinos queimarem.

Dois meses se passaram, e Maegor começou a comprar várias propriedades em Essos, continuando a adquirir escravos aos quais concedia liberdade. Ele descobriu que a Casa Rogare ainda estava viva e queria participar na restauração de Valíria. A Casa Longwaters, das Terras da Coroa, e a Casa Qoherys, de Harrenhal, também se juntaram a ele, assim como todos os bastardos do Usurpador, pois Maegor precisaria de mais cavaleiros de dragões.

Seis meses se passaram desde que cheguei a Essos, onde continuo a comprar escravos e a conceder-lhes liberdade. Estou aqui há um ano, preparando-me para realizar meu sonho. Recebi a notícia de que meu tio está preso em Porto Real, mas não me movi. Não me importo com os Stark; meu foco é o meu objetivo. Após um acordo com o Senhor Comandante Jeor Mormont, onde eu entregaria soldados e prisioneiros quando trouxesse Valíria de volta, ele aceitou. Agora, estamos a caminho de Valíria.

Com o apoio de Volantis, onde comprei todos os escravos com sangue valiriano e os libertei, partimos quatro dias depois em direção ao Mar Fumegante, rumo à cidade de Tyria, onde ancoramos nossa frota. Separei minha armada e, no total, consegui 400 navios de Bravos. O Banco de Ferro sempre constrói novos navios, então vendi os antigos por 100 mil moedas, em troca de que eles mesmos fizessem os reparos.

O Banco de Ferro disse que eu iria invadir os Sete Reinos. Respondi que estou voltando para casa e que o usurpador pagará caro.

Após as negociações, navegamos para Valíria, onde separei minha frota: uma parte foi para a cidade de Tolos, onde alguns Imaculados foram enviados para as ruínas de Mantarys; outra frota seguiu para as ruínas de Bhorash; e a terceira foi para as ruínas de Oros. Minha frota parou na cidade de Tyria, onde declarei em voz alta:

— O MEU NOME É MAEGOR II TARGARYEN, FILHO DO PRÍNCIPE RHAEGAR TARGARYEN E DE LYANNA STARK. EU DECLARO AQUI E AGORA, DIANTE DAS QUATORZE CHAMAS, A NOVA VALÍRIA. VENHAM, SANGUE DOS ANTIGOS!

Os dragões rugiram e soltaram fogo no céu.

— Por que você está fazendo isso? — perguntou Rhaella.

— Vamos acampar aqui. Se eles quiserem, aparecerão.

— Quem aparecerá? — indagou o Mestre Aemon.

— Você verá.

Depois de um dia inteiro, ninguém apareceu. Maegor decidiu continuar sua jornada em direção a Valíria.

Seguimos com os Imaculados e soldados em direção ao centro de Valíria. Fui até as Quatorze Chamas, onde fiz um corte nas minhas mãos e derramei meu sangue nas chamas, que começaram a soltar fumaça.

Maegor ouviu um grito distante.

Ele subiu em seu dragão e voou em direção ao centro de Valíria. Quando desembarcou, olhou ao redor e viu centenas de pessoas com Escamagris.

— Eles vieram — disse Maegor, sorrindo.

— Está na hora de curar a mãe Valíria.

— Quem são eles? — perguntou Aemon.

— São o povo das cidades da Antiga Valíria, que se reuniram após a Perdição. Tyria, Oros, Valíria, Rhyos, Draconys, Aquos Dhaen; eles são os descendentes das antigas famílias, que esperaram nessas cidades por séculos. Afinal, todos os dragões morreram.

— E agora? — questionou Aemon.

— É simples, vamos curá-los.

Maegor subiu em seu dragão e guiou as centenas de pessoas com Escamagris até uma biblioteca que ficava dentro de um meteoro. Ele entrou na biblioteca, pegou um frasco de vidro e, em seguida, levou o povo para outro lugar, entregando-lhes o frasco para que bebessem, pois continha um líquido que poderia curar Escamagris.

Junto com os sacerdotes e sacerdotisas vermelhas, Maegor começou a rezar para as Quatorze Chamas.

Os sacerdotes e sacerdotisas saíram e, quando o vapor começou a soltar chamas e lava, o calor subiu, liberando algumas bolas de fogo.

Após um dia inteiro, centenas de pessoas com Escamagris foram curadas.

— Como eles foram curados? — perguntou Aemon.

— Os antigos valirianos pesquisaram sobre como curar a doença de Escamagris.

— E por que levá-los ao fogo? — indagou Aemon.

— Para acordá-los. A Escamagris não consome apenas a pele, mas também a mente. Colocá-los no fogo permite que eu elimine qualquer Escamagris que o antídoto não conseguiu curar. O líquido era apenas um teste que os antigos valirianos estavam fazendo e não foi concluído.

Maegor olhou para as centenas de pessoas com o sangue puro de Valíria em suas veias.

— Povo de Valíria, está na hora de trazer a mãe de volta.

Um Sumo Sacerdote das Quatorze Chamas apareceu.

— Nós somos os descendentes dos Sacerdotes das Quatorze Chamas. Oramos para que os Deuses Valirianos abençoem sua família.

Maegor acenou com a cabeça.

Os sacerdotes foram até as Quatorze Chamas e começaram a orar. Uma semana depois, a mudança já era perceptível em toda Valíria. Toda a península valiriana foi purificada, e uma barreira mágica foi ativada ao redor de Valíria para proteger toda a região.

Maegor olhou ao redor de toda a Valíria, onde a península, junto com o Mar dos Suspiros, as Terras do Longo Verão e o Mar Fumegante, foi purificada, e um cometa vermelho apareceu no céu. Alguns disseram que era o retorno dos dragões ao mundo.

— Com a barreira mágica, o mundo jamais saberá que a Antiga Valíria voltou à vida e estamos protegidos — disseram os sacerdotes.

— Vamos — afirmou Maegor.

Um ano depois...

Contratei arquitetos, engenheiros, agrônomos e artesãos para dar vida à Valíria. Durante um ano, a Antiga Valíria deu lugar à Nova Valíria. Retiramos todas as ruínas das cidades e usamos a pedra negra para construir tudo do zero. Foi um ano de trabalho árduo. Prédios foram derrubados e novos foram construídos no lugar, todos feitos com pedra negra e aço valiriano. No centro de Valíria, ordenei a construção de um templo. Após duas semanas, o novo Templo das Quatorze Chamas surgiu.

Nesse meio tempo, compramos a cidade de Lys e trouxemos o sangue antigo de Valíria para casa.

Um ano depois, Valíria estava florescendo. Agora estou com 16 anos. Minha avó e esposa, Rhaella, deu à luz a gêmeos, e fiquei muito feliz. Não só isso, meu tio Viserys e minha tia Daenerys se casaram. Parece que Daenerys deixou o passado de lado. Recuperamos as antigas cidades de Valíria: Tolos, Mantarys, Bhorash, Tyria e Oros. Ordenei que meu tio Viserys controlasse as ilhas de Cedros e Elyria. Quando Valíria se revelar ao mundo, precisaremos agir rápido. Com 16 anos, irei começar a conquistar Essoss.

FIM


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