Tetsu no Chikara: Saigo no Kibō

Chapter 136: Capítulo 136: Monarca vs Monarca!. General vs General!



— Desculpe a demora. — disse ela, determinada.

O Monarca a olhou com desdém.

— Transformou sua humana em um ghoul... Você é um maldito!

Kay respondeu com frieza:

— Não tive escolha. Aquele das espadas a matou.

O Monarca estreitou os olhos, sua voz carregada de desprezo.

— Odiava tanto os ghouls, mas agora se tornou um. E além disso, transformou uma pessoa que provavelmente morreu com honra na batalha.

— Não sinto honra em morrer e deixar os outros aqui lutando contra monstros como vocês! — declarou Ravena, sua voz firme e carregada de determinação, no idioma humano.

O Monarca soltou uma risada amarga, seus olhos estreitando-se em desprezo.

— Que irônico. Seu parceiro agora é um monstro... e você também é um monstro! — rebateu ele, no mesmo idioma, suas palavras cortantes como lâminas.

Ravena cruzou os braços, encarando o Monarca sem desviar o olhar.

— Nós conseguimos manter nossa aparência humana. Só os olhos e os dentes... esses são diferentes. — disse ela, em tom desafiador, exibindo um breve sorriso que revelava suas presas afiadas.

O Monarca não escondeu a irritação.

— Chega de falar! Vamos acabar com isso! — rugiu ele no idioma dos ghouls, sua aura opressora inundando o ambiente.

— Concordo! — respondeu Kay, dando um passo à frente, sua voz carregada de confiança e resolução.

Ravena virou-se para ele, sua expressão suavizando por um breve momento.

— Boa sorte, amor! — disse ela no idioma dos ghouls, seus olhos brilhando com uma mistura de preocupação e confiança.

Kay olhou por cima do ombro, dando um leve sorriso antes de responder:

— Pra você também, amor!

Sem hesitar, ele começou a se afastar, movendo-se com a confiança de um guerreiro que sabia exatamente o que precisava fazer. O Monarca, sem dizer uma palavra, seguiu-o, como se o silêncio entre eles fosse o prelúdio de um confronto lendário.

Ravena permaneceu no mesmo lugar, o olhar fixo em Kay por alguns instantes antes de voltar sua atenção para o general preguiçoso que estava à sua frente.

O general preguiçoso soltou um bocejo, mas seus olhos traiam a aparente indiferença — estavam cheios de astúcia.

— Como vai ser? Mostre sua habilidade! — desafiou o Caído, com um sorriso de desprezo.

Ravena estreitou os olhos, a mão fechada ao lado do corpo.

— Não sei se é exatamente uma habilidade, mas... Consigo fazer isso aqui. — Ela estendeu o braço, e da palma de sua mão começou a se formar uma foice imensa. A lâmina crescia como se fosse uma extensão de sua própria vontade, ganhando um brilho metálico sinistro enquanto cortava o ar. Quando terminou, Ravena segurou a arma com firmeza, girando-a ao redor do corpo com um movimento fluido e mortal. Um sorriso afiado surgiu em seus lábios.

— Bora começar? — provocou ela, encarando o Caído com uma confiança perigosa.

O Preguiçoso, que observava ao longe, franziu o cenho enquanto desviava de um golpe da foice.

"Eu esperava que ela fosse lutar com aqueles tentáculos... Isso é perigoso demais!"

— Se vai usar sua habilidade, eu também usarei a minha! — anunciou o Caído

De repente, no horizonte, além do enorme buraco no chão, um enxame de ghouls voadores avançava na direção deles, como uma nuvem de morte.

— Se eu te matar, aqueles ghouls vão ser desfeitos? — questionou Ravena, sem desviar o olhar.

— Quem sabe? — respondeu o Caído com um sorriso provocador.

— Então eu vou tentar! — rugiu Ravena, avançando com um ataque feroz.

A foice dela cortava o ar com velocidade impressionante, mas o Caído desviou, recuando no último segundo e alçando voo com suas asas sombrias. Ele pairava no ar, analisando cada movimento dela.

"Ele está ganhando tempo? Não... Ele não luta corpo a corpo, mas lembro que ele já parou um ataque com as mãos. Isso significa que ele subestima os humanos. Será que ele me teme porque me tornei um ghoul?" — pensou Ravena, enquanto manifestava suas próprias asas e subia para encontrá-lo nos céus.

Com um giro impressionante, a foice de Ravena começou a crescer. A lâmina se estendia como se estivesse viva, pulsando com energia maligna e dobrando de tamanho a cada instante, até se tornar uma arma gigantesca, capaz de alcançar qualquer inimigo em campo aberto.

— Hora de acabar com isso. — A voz dela era fria e cheia de determinação.

Num movimento quase impossível de acompanhar, Ravena girou no ar, e sua foice descreveu um arco perfeito. O brilho metálico da lâmina riscou o céu como um relâmpago, cortando todos os ghouls ao meio antes que eles sequer pudessem reagir. Cada corpo despedaçado caía em direção ao buraco abaixo, como folhas mortas em uma tempestade de vento.

O Caído assistia à cena, os olhos arregalados em puro terror.

"Ela... Ela cortou todos... em um único golpe!"

Ele hesitou, mas as palavras do Monarca ecoaram em sua mente: "Mate todos"

Respirando fundo, o Caído avançou na direção de Ravena, manifestando toda a energia que possuía em um último esforço desesperado para detê-la.

— Não vou recuar! — rugiu ele, tentando parar o próximo golpe da foice com as próprias mãos.

Mas Ravena sorriu.

— Péssima escolha.

Antes que ele pudesse reagir, a lâmina da foice cresceu mais uma vez, tornando-se absurdamente grande. Num único movimento, a arma desceu como um julgamento divino, cortando o Caído ao meio. Por um breve instante, ele ainda tentou se manter no ar, mas logo seu corpo se partiu, caindo em pedaços na cratera abaixo.

Ravena pousou suavemente no chão, a foice retornando ao seu tamanho original.

— Fim de jogo. — murmurou, limpando o sangue da lâmina enquanto olhava para o horizonte vazio.

Kay e o Monarca estavam parados frente a frente.

— Da última vez, você perdeu usando espada. Que tal tentar de novo? — exclamou o Monarca com um sorriso sádico enquanto materializava uma espada negra em sua mão, a lâmina emanando uma aura ameaçadora.

Kay não respondeu. Em vez disso, sua mão brilhou com energia intensa, e uma espada igualmente imponente se formou, a lâmina prateada refletindo um brilho frio e mortal.

Sem mais palavras, os dois avançaram. Espadas colidiram com um som estrondoso, como trovões rasgando o céu. Cada golpe trocado era rápido demais para olhos comuns acompanharem, e as faíscas dançavam no ar a cada impacto.

O Monarca sorriu enquanto atacava com ferocidade.

— O que foi? Vai ficar olhando para ela e morrer? — provocou ele, percebendo que Kay, por um breve momento, havia desviado o olhar para Ravena à distância.

Kay voltou seu olhar para o inimigo, seus olhos ardendo com determinação.

— Já aqueci... Agora, comece a lutar de verdade! — provocou Kay com um sorriso desafiador enquanto bloqueava um golpe e contra-atacava com precisão.

— Maldito! — rugiu o Monarca, enfurecido.

De repente, tentáculos sombrios começaram a se manifestar nas costas do Monarca, cada um assumindo a forma de espadas alongadas, brilhando com uma aura negra. Eles se moveram em sua direção com velocidade quase impossível de acompanhar.

— Isso é a mesma habilidade daquele outro general. — Kay sorriu, desviando e girando a espada com elegância. — Se vai ficar imitando, você vai morrer!

Os tentáculos avançaram como serpentes famintas, mas Kay era mais rápido. Num movimento fluido, ele cortou os seis tentáculos com golpes precisos, cada pedaço caindo no chão com um baque surdo.

Fumaça escura começou a emanar dos ferimentos do Monarca, engolfando Kay em uma nuvem densa e venenosa.

— Isso é veneno? — exclamou Kay, permanecendo imóvel dentro da névoa. Quando ele deu um passo à frente, estava completamente ileso. — O que pretendia com isso?

O Monarca rosnou, avançando com a espada em punho, tentando um golpe desesperado. Mas Kay foi mais rápido. Num único movimento, ele desarmou o Monarca, a lâmina negra voando longe enquanto o braço do Monarca caía ao chão, cortado limpo.

O Monarca rugiu de dor, mas Kay o interrompeu, apontando a lâmina de sua espada para o peito do oponente.

— Mostre sua verdadeira habilidade. Não use o poder de outro general... ou você vai acabar morto. — A voz de Kay era fria, quase desumana, um lembrete de que ele estava longe de ser o homem que o Monarca havia enfrentado antes.

O Monarca recuou um passo, ofegante, mas a raiva e o orgulho em seus olhos ainda brilhavam.

— Maldito... — murmurou ele, se regenerando

Depois de perder o braço e ser desarmado, o Monarca olhou para Kay com um ódio palpável, mas não demonstrou hesitação. O ar ao redor começou a se alterar, tornando a respiração difícil. A pressão aumentava rapidamente, e a sensação era como se o próprio oxigênio estivesse sendo arrancado dos pulmões.

— Convergir! — rugiu o Monarca.

O ar se aglomerou à frente dele, formando uma esfera imensa de vento cortante, girando em alta velocidade. A pressão do ataque era tão forte que rachaduras começaram a se formar no solo ao redor. Ele apontou a esfera em direção a Kay.

— Liberar! — ordenou o Monarca.

A energia avançou como uma força destruidora, cortando o ar enquanto ia direto para Kay. Mas ele não se moveu.

Kay sorriu, segurando firmemente a espada em sua mão.

— Olha só que doidera... — murmurou ele, com um sorriso irônico. — Eu tenho uma habilidade parecida com a sua.

Com um movimento diagonal preciso, Kay liberou um ataque cortante de vento, tão poderoso que o próprio ar parecia rasgar com o impacto. As duas forças colidiram, criando uma explosão de energia que sacudiu o campo de batalha.

O Monarca permaneceu confiante, observando a cena.

— Isso é... a mesma cena que causou a morte dele antes! — murmurou Ravena, seus olhos arregalados enquanto observava o confronto.

Kay desviou o olhar para ela por um breve momento e sorriu.

— Então foi assim que eu morri? — exclamou ele, avançando rapidamente até Ravena e envolvendo-a em um abraço inesperado.

Ravena ficou assustada com o gesto, mas em um instante percebeu o motivo.

O ataque de Kay partiu o do Monarca ao meio, destruindo a esfera de vento concentrado. A lâmina de vento de Kay continuou, cortando não apenas o ataque, mas também o próprio Monarca. O corpo dele foi dividido em duas partes limpas, como se não tivesse sequer oferecido resistência.

Mas o perigo não havia terminado. O vento condensado na esfera do Monarca se liberou em todas as direções, uma onda de força devastadora prestes a atingir Ravena e Kay.

Antes que o impacto os alcançasse, Kay reagiu. Tentáculos negros, rápidos como trovões, emergiram das costas dele e se entrelaçaram à frente dos dois, bloqueando a explosão de vento. A força destrutiva foi contida, e o ar ao redor finalmente voltou ao normal.

Ravena olhou para Kay, ainda surpresa com o que acabara de acontecer.

— Eu recuperei um pouco da memória... — disse Kay, abraçando a Ravena mais forte. — Eu só sabia que tinha enfrentado esse general e eu perdir, mas não lembrava que foi por causa desse ataque.

— General? — Ravena arqueou as sobrancelhas, confusa. — Amor, esse era o Monarca!

Kay piscou, visivelmente confuso.

— Hein? Isso era o Monarca? — Ele coçou a cabeça. — Que estranho... eu esperava que eles fossem mais fortes.

Ravena suspirou, balançando a cabeça.

— Se continuar me abraçando assim, a Mira vai ficar com ciúmes. — Ravena sorriu, mas sua expressão carregava uma pontada de seriedade. — Você tem que dar atenção para ela e para seu filho primeiro... depois você vem dar atenção para nós.

— Filho? — exclamou Kay, ainda mais confuso.

Ravena riu suavemente, apontando na direção da muralha onde os outros estavam.

— Vai falar com a Mira!

— Vou fazer isso depois... Antes disso, temos algo para resolver. Cadê o corpo do general que você estava enfrentando? — perguntou Kay, olhando para Ravena.

— Caiu no buraco. — respondeu Ravena, apontando para trás.

— Então já era. — Kay suspirou, mas logo abriu um sorriso predatório. — Vou devorar o que conseguir do Monarca. Depois você e o mini-ghoul dividem o restante.

— Não posso recusar? — perguntou Ravena, cruzando os braços e fazendo uma careta de desgosto.

— Você acabou de despertar e usou muita energia naquela foice. Coma para se recuperar. O gosto dele vai ser melhor, já que ele tinha mais energia acumulada. Esqueça a aparência e foque no sabor.

— Antes disso... — Ravena deu um passo à frente, aproximando-se dele. — Podemos nos beijar? Só para não ficar com gosto de carne na boca depois.

Kay sorriu levemente e a puxou para perto, selando seus lábios nos dela em um beijo lento e caloroso. Quando se separaram, Ravena sorria.

— Bem-vindo de volta, amor.

— Estou de volta, querida. — respondeu Kay, com um brilho suave nos olhos.

Ravena empurrou o peito dele levemente.

— Agora vá comer logo e depois vá até a Mira.

Kay assentiu e se afastou.

A cena muda.


Tip: You can use left, right, A and D keyboard keys to browse between chapters.