Tetsu no Chikara: Saigo no Kibō

Chapter 145: Capítulo 145: Declaração de guerra?



— O que está acontecendo aqui? — perguntou, assustada.

— Estou me fortalecendo. — respondeu Kay, de forma prática.

Aiko piscou, incrédula.

— Parece que só está comendo o braço da Ravena!

— É literalmente isso que ele está fazendo. — disse Thais, rindo.

Ravena soltou um suspiro, quase excitada:

— Meu braço...

— Eu não imaginava que ela fosse tão pervertida. — comentou Aiko, se aproximando devagar.

Thais deu de ombros, divertida.

— Acho que não era. Mas, depois que virou general, parece que começou a amar o Kay mais ainda.

— Amar? — disse Carla, em choque.

Aiko sorriu maliciosamente e se aproximou de Carla.

— O que foi? Por acaso ele parece mais bonito do que já era? Está vendo coraçõezinhos voando perto dele? Ele parece mais radiante para você? — perguntou, com um tom provocador.

Carla desviou o olhar, embaraçada.

— Claro que não! Eu só sinto que não posso ir contra ele.

Aiko riu, satisfeita.

— Só estou brincando. E, se tivesse esses efeitos... você não usaria isso em outra garota, certo, amor? — disse ela, com um tom ameaçador, olhando diretamente para Kay.

Kay tremeu levemente e respondeu, apressado:

— Claro que não!

Aiko sorriu, vitoriosa.

— Eu sei disso. — disse ela, rindo. — Ah, amor, terminamos os trajes feitos com o material do seu corpo.

— Bom trabalho. — respondeu Kay.

Aiko bufou.

— Só isso?

— Eu te daria um beijo, mas é melhor terminar aqui e escovar os dentes depois. Então, aguarde um pouco! — disse Kay, com um meio sorriso.

— Eu terminei de analisar aquilo daquele dia! Sua futura geração será... humana! — anunciou Aiko, com um brilho curioso nos olhos.

Thais arregalou os olhos, confusa.

— Do que ela está falando, amor?

Kay ergueu uma das mãos, gesticulando para que esperassem.

— Deixa eu terminar aqui, e falamos disso depois.

— Eu também estou interessada nesse assunto! — disse Ravena, cruzando os braços e encarando-o.

As garotas estavam fixas nele, como predadoras observando a presa.

Kay suspirou.

— "Eu queria saborear a refeição, mas parece que não tem jeito..." — pensou ele, antes de sentir seu corpo começar a mudar.

Sua pele e cabelo começaram a escurecer, seus olhos brilharam em um vermelho profundo, e seus dentes ficaram mais afiados. Em segundos, ele parecia uma criatura ainda mais poderosa e aterrorizante.

Sem hesitar, Kay devorou o braço de Ravena em questão de segundos.

— Ah, eu queria que durasse mais... — disse Ravena, claramente desapontada.

Em seguida, ele pegou o braço do Mini Ghoul e fez o mesmo, terminando rapidamente.

— Poxa... eu também queria que fosse mais devagar. — murmurou o Mini Ghoul, cabisbaixo.

Por último, ele devorou o braço de Carla. Ela, no entanto, apenas manteve a compostura, aceitando o sacrifício com seriedade.

Quando terminou, Kay agradeceu calmamente pela refeição, sua aparência voltando ao normal gradativamente.

— Então, basicamente... — começou ele, mas foi interrompido.

A cena muda.

— Posso dar um tiro na cabeça dele, né? Ele não vai morrer mesmo! — resmungou Thais, irritada, enquanto segurava uma arma.

— Droga... ele mudou o cheiro dele. Agora vai ser difícil encontrá-lo! — disse Ravena, segurando firmemente sua foice.

— O que deu em vocês? — exclamou Emilia, que se aproximava com Mira e Rem após terminar um relatório.

Thais olhou para Emilia, ainda de cara fechada.

— E então... — começou ela, mas foi interrompida novamente.

A cena muda.

Agora, todas as garotas estavam armadas, incluindo Rem, que empunhava um arco.

— Parece divertido! Posso entrar nisso também? — exclamou Himitsu, aparecendo subitamente com um sorriso travesso.

— Não é divertido! — respondeu Emilia, bufando.

Himitsu inclinou a cabeça para o lado, intrigada.

— Se estão procurando meu sobrinho, ele passou correndo por mim. Disse que voltaria à noite.

— Kay, maldito... ele fugiu! — disse Thais, cerrando os dentes, claramente irritada.

— Por mais que eu fique animada com isso, para ser sincera, passei sufoco tentando acalmá-lo. — confessou Aiko, com um sorriso nervoso.

— Sei como é... — comentou Mira, ajustando a bainha de sua espada.

Himitsu olhou para as outras, confusa.

— Por quê? Meu sobrinho estava agitado?

— Não é isso. Melhor deixar esse assunto quieto. — respondeu Mira, guardando a espada na bainha.

As outras garotas começaram a abaixar suas armas, uma a uma.

Himitsu, no entanto, sorriu.

— A garotinha ali trouxe presentinhos!

Emilia virou-se rapidamente, empolgada.

— O que é?

— Os trajes estão prontos para uso! — disse Aiko, triunfante.

— Oh, que notícia boa! Cadê eles? — perguntou Mira, visivelmente interessada.

— Ainda estão no carro, no túnel. — respondeu Aiko.

— Vamos pegar! — disse Emilia, praticamente correndo na direção do túnel, cheia de entusiasmo.

— Eu vou também! — declarou Himitsu, seguindo-a com o mesmo entusiasmo.

— Não se mexam! — ordenou Ravena, com uma voz tensa.

— O que foi? — exclamou Emilia, visivelmente confusa.

— Que cheiro horrível! — disse Carla, franzindo o nariz e olhando ao redor, inquieta.

— Desapareceu? O que foi isso? — Ravena olhava ao longe, seus olhos brilhando com um misto de raiva e preocupação.

De repente, o céu escureceu, trovões rugiram com intensidade, e apenas os relâmpagos iluminavam aquele mundo, como se o próprio caos estivesse tomando forma.

— É o Kay? — perguntou Thais, incerta, enquanto segurava sua arma, pronta para o pior.

O celular de Mira tocou, interrompendo a tensão. Ela atendeu rapidamente.

— Já informei ele! — disse Lavel, do outro lado da linha. — Mira, escute com calma... seu filho foi sequestrado.

A expressão de Mira congelou. Sem dizer uma palavra, ela saiu correndo em direção ao quarto onde o bebê estava.

Chegando lá, encontrou apenas Alice, dormindo tranquilamente em seu berço.

— Não... não! Quem foi?! — gritou Mira, com a voz embargada de desespero, enquanto procurava freneticamente por algum sinal de Yuta.

Ravena entrou logo atrás dela, seu olhar firme, mas cheio de fúria.

— Foi um monarca! — disse ela, os olhos brilhando em vermelho, ardendo de raiva. — Aquele cheiro... durou poucos segundos, mas ele esteve aqui. Mostre as gravações! Quero ver como ele fez isso!

Lavel pegou o celular e mostrou as imagens captadas pela câmera do quarto.

Na tela, um pequeno portal surgia silenciosamente. Dele saía um ghoul de tamanho adulto, que caminhava até o berço, pegava Yuta com uma rapidez assustadora e voltava pelo portal, desaparecendo sem deixar rastros.

— Magia dimensional... — murmurou o Mini Ghoul, com os punhos cerrados. — Ele encurtou dois espaços, abriu um portal e atravessou por ele! Isso é algo que não deveria existir neste universo. Aquele monarca teve sorte de possuir uma habilidade assim!

Ravena virou-se para Carla e Emilia, falando com firmeza:

— Vocês vão ficar aqui. Carla, cuide delas. Eu e o Mini Ghoul vamos para o país vizinho. Kay já está indo para lá!

— Não seria melhor ter mais pessoas ajudando? — perguntou Carla, hesitante.

— Não. Se algo acontecer a elas, Kay vai perder o controle. Vamos trazer Yuta de volta, nem que isso custe tudo! — respondeu Ravena, com determinação.

O Mini Ghoul não perdeu tempo. Ele abriu a janela, saltou e manifestou suas asas, voando em direção à escuridão. Ravena o seguiu, pulando pela janela com uma graça feroz, desaparecendo na tempestade.

Lavel ainda estava no celular com Mira, a voz grave e preocupada.

— A habilidade de Kay está se espalhando para os outros países.

Mira respirou fundo, tentando manter a calma.

— Avise todos na base. Abandonem o local e sigam para as cidades, mantenham os civis protegidos caso algum ghoul apareça. O Kay vai trazer Yuta de volta... mas enquanto isso, vamos fazer a nossa parte. E mande os cientistas irem direto para o instituto! — completou Mira, com autoridade.

— Aviso enviado. — confirmou Lavel pelo telefone.

Mira olhou para Aiko, que estava ao lado de Rem.

— Mãe, leve a Alice para o instituto. Ela precisa estar segura. Vamos cuidar dos civis!

— Pode fazer isso para mim, Aiko? — perguntou Rem, com um olhar preocupado.

Aiko parecia tensa.

— Eu nunca cuidei de um bebê... — respondeu, hesitante, enquanto olhava para Alice, que dormia calmamente, alheia ao caos ao seu redor.

— Você vai dar conta. — disse Mira, com um meio sorriso que escondia sua própria angústia. — Qualquer coisa a Fernanda e os outros vão estar lá com você.

Aiko respirou fundo, pegando Alice nos braços com cuidado.

No pais do antigo quinto esquadrão.


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