Chapter 149: Capítulo 149
— Ei, garota mágica, vamos lutar em outro lugar! — provocou Kay, abrindo um sorriso desafiador.
A garota mágica estreitou os olhos, sua expressão carregada de desdém.
— Por que eu deveria te obedecer? Meu assunto não é com você, então suma!
Kay inclinou a cabeça ligeiramente, mantendo o tom provocador:
— Garotas mágicas são tão sem graça!
O comentário atingiu um nervo. A garota mágica franziu a testa, claramente irritada.
— "Sabia que isso ia funcionar." — pensou Kay, observando-a com atenção.
Com um gesto rápido, a garota usou sua magia para flutuar no ar.
— Eu sabia! — pensou Kay novamente, manifestando suas asas negras e alçando voo para longe dali.
A garota mágica o seguiu de perto, conjurando rajadas de energia mágica e lançando-as contra ele. Kay desviava com habilidade, suas asas cortando o ar enquanto ele traçava uma rota para longe do campo de batalha.
Enquanto eles desapareciam no horizonte, os guerreiros restantes se encaravam.
— Entrem em formação! Vamos acabar com esses ghouls! — ordenou Julius, sua voz firme e autoritária.
Ravena deu um passo à frente, suas armas já em mãos.
— Vamos ajudar! — disse ela, pronta para agir.
Antes que pudesse avançar, Arion ergueu a mão, parando-a.
— Fiquem quietinhos aí e assistam o motivo de nos conhecerem como a Divisão mais forte! — disse ele, com um sorriso confiante.
De repente, o celular de Ravena vibrou. Ela atendeu, a expressão curiosa rapidamente se transformando em preocupação.
— Temos problemas! — disse Lavel, sua voz soando urgente do outro lado da linha.
— O que foi? — exclamou Ravena, franzindo o cenho.
— Outro monarca e seu exército estão indo até vocês!
Ravena apertou os punhos, a frustração evidente.
— Por que logo agora?
O Mini Ghoul, ouvindo a conversa, respondeu com naturalidade:
— O resultado desse combate vai ser um problema para o outro monarca. Ele deve estar querendo impedir que um de vocês devore o outro.
Julius, ouvindo aquilo, sorriu, mas sua expressão era sombria.
— Então aqui será a batalha final. Vamos acabar com isso de uma vez por todas!
Na base da Sexta Divisão, a atmosfera estava carregada de tensão. Mira se aproximou de Lavel, sua voz decidida:
— Transmita para todos!
Lavel hesitou.
— Tem certeza?
Mira cruzou os braços e respondeu com firmeza:
— O resultado disso vai decretar o futuro da humanidade. Então deixe todos verem que eles estão lutando pelos humanos!
Himitsu assentiu ao lado dela, completando:
— Faz sentido. Use todos os meios de transmissão: celulares, televisões, não importa!
— Começando a transmissão! — respondeu Lavel, ativando os sistemas.
Mira respirou fundo, olhando para as telas que mostravam o campo de batalha.
— "Agora só depende de vocês." — pensou ela, preocupada.
De volta ao confronto, Kay e a garota mágica estavam frente a frente, flutuando em meio ao céu nublado.
— Eu vou te matar! — rosnou a garota mágica, sua voz fria enquanto segurava o bastão brilhante em mãos.
Kay, apesar da ameaça, manteve um sorriso provocador.
— Eu estava te provocando. Na verdade, também acho as garotas mágicas bem legais.
A garota não demonstrou reação, exceto por um olhar ainda mais feroz.
— Eu não ligo. Vou te matar, e depois vou devorar você até não sobrar nada!
Kay abriu os braços, ainda sorrindo.
— Então tenta.
O ambiente em volta deles se agitaram, prenunciando que o verdadeiro embate estava prestes a começar.
O campo de batalha estava envolto em caos. De um lado, o exército da Primeira Divisão, liderado pelo lendário Capitão Julius e seu vice, Arion. Do outro, o enxame incessante de ghouls, liderados pelos generais da garota mágica. No ar, o céu cinzento rugia com trovões, enquanto o chão estava encharcado de sangue e fogo.
Os ghouls avançaram, uma onda de dentes e garras, mas Julius estava na linha de frente. Sua espada desceu com um impacto devastador, Com um único golpe, ele abriu caminho entre os ghouls, sua força bruta transformando cada ataque em um espetáculo de precisão mortal.
— Não recuem! Formem barreiras! — gritou Arion, avançando ao lado de Julius.
Arion com um golpe da sua espada, destruiu dois ghouls arrancando membros e espalhando pedaços pelo campo.
Julius avançou para um dos generais da garota mágica – um ghoul grotesco, empunhando uma lança maciça.
O general ghoul rugiu, investindo com a lança. O impacto entre a lâmina de Julius e a lança gerou uma onda de choque que derrubou soldados humanos e ghouls ao redor. Julius usou sua força descomunal para empurrar o general para trás e, com um golpe vertical, partiu a criatura em dois.
— Capitão, à sua esquerda! — gritou Arion.
Julius girou a tempo de ver outro general ghoul avançando. Este tinha a habilidade de manipular sombras, criando lâminas negras que voavam em sua direção. Julius ergueu sua espada, desviando a maior parte dos projéteis, mas uma das lâminas cortou profundamente seu ombro esquerdo.
— Maldito! — rosnou Julius, ignorando a dor e avançando.
Com um salto, ele esmagou sua espada no chão, criando uma cratera e despedaçando o general ghoul em uma explosão de energia.
Arion assentiu, avançando com uma série de ataques precisos que cortavam os ghouls antes mesmo que pudessem se aproximar.
Enquanto isso, na retaguarda, o general curandeiro de Kay trabalhava sem descanso. Ele tocava os feridos, cobrindo-os com uma luz dourada que fechava feridas e restaurava suas forças.
Apesar da força da Primeira Divisão, os generais da garota mágica entraram na batalha, inclinando a balança a favor dos ghouls. Um deles, um ghoul colossal com braços como martelos, avançou na direção de Julius.
— Você não passará daqui, humano! — rugiu a criatura, levantando os punhos gigantescos.
Julius avançou, esquivando-se do primeiro golpe. A força do impacto do punho no chão fez o solo tremer. Julius, aproveitando a abertura, girou sua espada em um arco perfeito e acertou o pescoço do monstro.
O general ghoul cambaleou, tentando agarrar Julius, mas o capitão finalizou com um golpe certeiro no peito, atravessando o coração da criatura.
— Um a menos! — Julius gritou, recuperando o fôlego.
Arion enfrentava outro general – um ghoul ágil, que usava duas lâminas curvas e atacava em uma velocidade assustadora.
— Você não é páreo para mim, humano! — zombou o ghoul, avançando em uma série de ataques rápidos.
Mas Arion não se deixou intimidar. Ele bloqueou com uma das espadas e contra-atacou com a outra, acertando o braço do inimigo porém não causou nenhum dano, o Arion recuou.
Apesar das vitórias individuais, o campo de batalha estava coberto de corpos. Muitos soldados humanos foram mortos pelos ghouls, e até Julius estava ficando sobrecarregado. Ele lutava contra outro general, um ghoul armado com uma maça, quando foi atingido na lateral por um golpe traiçoeiro.
— Capitão! — gritou Arion, correndo em sua direção enquanto Julius caía de joelhos.
Julius usou sua espada como apoio para se levantar, o sangue escorrendo de sua ferida.
— Ainda não terminei... — murmurou ele, avançando novamente.
Com um esforço hercúleo, Julius desviou o próximo golpe da maça e, com um movimento calculado, acertou a espada no peito do general, derrubando-o definitivamente.
— Capitão, você precisa recuar! — disse Arion, segurando Julius enquanto ele ofegava.
— Não... enquanto houver um deles de pé! — respondeu Julius, seus olhos queimando de determinação.
Nesse momento, os últimos ghouls do exército começaram a recuar. A Primeira Divisão, embora gravemente ferida, havia triunfado.
Mas o momento de alívio durou pouco. O chão começou a tremer sob os pés dos soldados, e do horizonte, uma sombra ameaçadora se aproximava. Um novo exército avançava – o exército do Monarca do Fogo.
— Não temos tempo para descansar... — murmurou Julius, limpando o sangue que escorria pelo canto de sua boca. Mesmo ferido, ele se posicionou com firmeza, ajustando a espada em suas mãos. Ao seu lado, os soldados da Primeira Divisão, exaustos, se levantavam, assumindo novamente a formação de combate.
De repente, o exercito do kay pousou em frente a eles. Apenas o general curandeiro ficou para trás, em pé entre os feridos humanos, tocando com os tentaculos e cobrindo-os com uma luz dourada.
— Foi tão incrível que nem percebi. — Ravena comentou com um sorriso afiado, observando os soldados humanos ainda com vontade de lutar. — Esse é o poder da Primeira Divisão!
— Nossa vez. Vamos cuidar disso agora. — disse Carol, determinada, enquanto se colocava ao lado de Ravena.
Enquanto o novo exército avançava à distância, o mini-ghoul olhava fixamente para Julius, como se algo no capitão despertasse uma emoção desconhecida. Seus olhos pequenos brilharam com inquietação.
"Essa pessoa... Ele seria capaz de me cortar!" pensou o pequeno ghoul, um calafrio percorrendo seu corpo.
— Deixe ele curar seus ferimentos. — exclamou o mini-ghoul, voltando sua atenção para Julius. — Você quer ver aquela humana de novo, não é?
Julius hesitou por um momento, encarando o pequeno ghoul. O peso de suas palavras parecia ressoar em seu coração.
— Cem ghouls e um general... — Ravena quebrou o silêncio, avaliando o campo de batalha. — Isso é tudo o que restou do exército da garota mágica!
— Ainda estamos em desvantagem numérica! — respondeu Carol, seus olhos focados no inimigo que se aproximava.
Enquanto o grupo se preparava, o mini-ghoul, de repente, começou a dançar.
— O que diabos você está fazendo?! — exclamou Ravena, franzindo o cenho ao ver a pequena criatura girando e movendo os braços de forma quase ridícula.
— Acumulando energia! — respondeu o mini-ghoul com uma voz cheia de entusiasmo. Ele continuava seus movimentos desajeitados. — O monarca disse que eu poderia fazer isso antes de começar a lutar!
— Ele te ensinou a dançar? — Ravena perguntou, incrédula.
— Não! Foi a Emilia! — disse o mini-ghoul, sem parar de girar.
Ravena suspirou, balançando a cabeça enquanto manifestava sua foice.
— Se está funcionando, tudo bem... — disse ela, voltando sua atenção para os exércitos inimigos que avançavam.
As chamas do exército do Monarca do Fogo agora estavam mais próximas, tingindo o céu de laranja e vermelho, como se o próprio inferno tivesse sido convocado para o campo de batalha. Apesar disso, os soldados de Kay e os poucos humanos restantes seguraram suas armas com força, prontos para enfrentar a próxima onda de destruição.
O mini-ghoul continuava sua dança frenética, pequenas faíscas de energia começando a se formar ao seu redor.
— É melhor vocês se afastarem! — disse Carol, sua voz carregada de urgência, apontando para os humanos que ainda estavam próximos.
— Droga! — resmungou Julius, recuando com os humanos para trás, onde o general curandeiro já estava, pronto para aplicar seus poderes de cura. O som dos passos apressados ecoava, enquanto ele arrastava seus soldados feridos para uma área mais segura.
Distante dali, o confronto entre Kay e a garota mágica continuava, num espetáculo de pura destruição. Explosões mágicas iluminavam o céu, cortando a escuridão como raios de fúria. O cenário ao redor era uma paisagem devastada, como se o próprio mundo estivesse sendo rasgado pelas forças do combate. A terra tremia com cada choque de energia, e o ar estava pesado com o cheiro de magia e fogo.
Kay estava imerso em uma batalha feroz, cada golpe que trocava com a garota mágica reverberava com uma intensidade imensa. Ele desviava de rajadas de luz e magia em um instante e contra-atacava com tempestades de vento no seguinte. Mas, apesar de sua habilidade, estava claro que o confronto era desigual. Sua energia estava sendo drenada enquanto a garota mágica, com sua magia destrutiva e habilidades misteriosas, parecia não esmorecer.
Então, a ameaça que todos temiam chegou. O monarca do fogo, em toda sua glória infernal, desviou sua trajetória e começou a avançar na direção de Kay e da garota mágica. O calor imenso que ele irradiava fazia o ar tremer. Sua presença era um furacão, uma força que parecia disposta a engolir tudo ao redor.
— Era o esperado. — Ravena murmurou com firmeza, seus olhos fixos na aproximação do exercito dos monarcas. Ela se virou, a determinação estampada em seu rosto. — Vamos! — disse, avançando à frente dos outros generais.
O som da batalha aumentava, e os três exércitos, agora à vista, estavam se aproximando a todo vapor, como se o destino de todos fosse selado naquele momento. O restante do exercito da garota magica, os exércitos de Kay e o exército do monarca do fogo estavam prestes a colidir.
Enquanto isso, o combate de Kay contra a garota mágica não diminuía em intensidade. As explosões mágicas no céu lançavam sombras assustadoras, como se o próprio campo de batalha fosse engolido por um vendaval de destruição. Kay, ainda resistindo com o máximo de sua força, percebia que o confronto não duraria muito mais. O que vinha a seguir seria uma luta onde cada segundo contaria.
— Iriam me deixar de fora de algo tão divertido assim? — disse o Monarca do Fogo, sua voz ressoando como um trovão enquanto ele se aproximava, com o terreno tremendo sob seus passos flamejantes.