Tetsu no Chikara: Saigo no Kibō

Chapter 141: Capítulo 141: Ordenando um monarca!



Eles entraram no refeitório, onde Mira estava sentada alimentando as crianças.

— Que bonitinha, vai sair? — perguntou Rem, percebendo Emilia com roupas diferentes.

— São roupas normais. Por quê? — respondeu Emilia, surpresa. — Você queria falar comigo, amor? — disse ela, animada, ao olhar para Kay.

— Já tomou café? — perguntou Kay, direto.

— Sim! — Emilia respondeu.

— Ótimo. Vamos fazer uma visita aos humanos hoje. Vamos nomear alguns reis, mas você será a imperatriz. Todo este país será governado por você. — disse Kay, com um tom sério, mas suave.

— Não é um encontro? — perguntou Emilia, visivelmente chocada.

— "Encontro?" — pensou Kay, confuso, mas decidiu ignorar o comentário.

— Que história é essa de reis? — Thais perguntou, entrando na conversa.

— Interessada? — Kay retrucou, arqueando uma sobrancelha.

— Só curiosidade. — disse ela, desviando o olhar.

— A base de cada reino será composta por: a família real, o instituto, o exército, e um dos meus generais. Reúna-se com eles e escolha pessoas apropriadas para governar suas terras. Eles estarão abaixo de mim e de você, mas acima dos outros. Abaixo deles, virão os líderes dos institutos, do exército e dos generais. Essa será a formação da cadeia de comando deste país. — explicou Kay, enquanto fazia um leve cafuné em Emilia.

— Entendido. Estou de acordo. — disse Emilia, com determinação.

Kay olhou para o grupo ao redor.

— Três reinos perdidos, três reis ou rainhas. Pode acabar sendo algum de vocês, então mostrem que são capazes. — disse ele, com firmeza.

Os presentes, embora tentassem disfarçar, pareciam empolgados com a ideia de se tornarem governantes.

— Mini-ghoul, você vem conosco. Amor, fique aqui para garantir que ninguém ouse entrar neste país sem permissão. — ordenou Kay.

— Certo! — responderam o mini-ghoul e Ravena, em uníssono.

— Vou tomar meu café, e depois partimos. — concluiu Kay, dirigindo-se à mesa.

— Tá. — disse Emilia, com um sorriso.

Kay se sentou ao lado de Mira, que continuava dando mamadeira para as crianças.

— Quer que eu... — começou Kay, apontando para as crianças.

— Não. — cortou Mira, sem desviar os olhos das crianças.

— Seu café vai esfriar. — insistiu Kay.

— Então beba você! — respondeu Mira, com um tom levemente irritado.

Ravena, que observava de longe, soltou uma risada.

— Vocês brigaram, não foi? — perguntou ela, num tom brincalhão.

— Tem certas coisas que você deveria guardar só para si! — disse Thais, lançando um olhar reprovador para Ravena.

Ravena, sem jeito, abaixou a cabeça, tentando esconder o sorriso.

Kay respirou fundo e se dirigiu a Mira com firmeza, mas sua voz carregava uma doçura que suavizava suas palavras:

— Eu amo vocês mais do que tudo neste mundo, mais do que qualquer coisa. Sei que tenho falhado, e sinto muito por isso. Mas, por favor, não fique com raiva de mim, mesmo que eu tenha dado motivos. Muita coisa está acontecendo e muitas mais estão por vir. Prometo me esforçar para dar o máximo de tempo a todas vocês. A última coisa que quero é estar brigado com você.

Ele segurou o olhar dela, seus olhos transmitindo um pedido silencioso de compreensão. Mira tentou desviar, mas era difícil ignorar a sinceridade dele.

Thais ergueu uma sobrancelha e cutucou Ravena de leve.

— É verdade que você consegue sentir as emoções dele, não é? — perguntou Thais, quase rindo.

— Eu... eu não sinto nada, não! — respondeu Ravena rapidamente, mas seu tom entregava o embaraço.

— Sei. — Thais estreitou os olhos, claramente desconfiada.

Mira bufou, cruzando os braços, mas havia um leve rubor em seu rosto.

— Eu sei disso, idiota! Agora para de me envergonhar na frente dos meus soldados! — disse ela, com um olhar fulminante.

Kay sorriu de canto e respondeu:

— Só se você me deixar cuidar das crianças enquanto termina de tomar seu café.

— Idiota. Você tem algo importante para fazer agora, e eu estou ocupada com eles. Toma logo esse café e vai fazer o seu trabalho! — respondeu Mira, ríspida, mas havia algo quase carinhoso por trás do tom autoritário.

— Certo! — disse Kay automaticamente, como um soldado obediente.

Mira voltou sua atenção para Rem, mas sua voz carregava um tom de autoridade misturado com curiosidade:

— Mãe, qual foi a decisão que tomaram?

Rem desviou o olhar, claramente desconfortável.

— Deixa pra lá. — respondeu, seca.

— Tem certeza de que é isso que quer? Você sabe como o Kay é. Ele pode acabar esquecendo. — insistiu Mira.

Rem suspirou.

— Seria melhor para mim se ele esquecesse. — disse ela, finalmente.

Mira olhou para Kay e se inclinou, sussurrando ao ouvido dele:

— Kay, eu ordeno que você esqueça tudo o que aconteceu desde o momento em que acordou até agora, quando entrou no refeitório.

Kay franziu o cenho, mas antes que pudesse responder, Ele tocou automaticamente no braço dela. Uma onda de calor intenso percorreu seu corpo, irradiando da mão dele.

— Entendo... então é assim que funciona... — murmurou Mira, mas suas palavras falharam quando ela percebeu que seu rosto estava ficando cada vez mais vermelho..

— O que foi?! Está tudo bem? — perguntou viviane, preocupada.

— Não é nada! — disse Mira rapidamente, desviando o olhar, tentando se recompor.

Kay, por sua vez, ficou em silêncio, mas um pequeno sorriso surgiu em seu rosto enquanto ele voltava ao seu café.

"Não sei por que brigamos, mas já que está resolvido, então não vou tocar no assunto." — pensou Kay, enquanto se servia de café.

Do outro lado da mesa, Rem o observava com um olhar desconfiado.

"Por que ela reagiu daquela forma quando ele tocou nela? E por que ele está agindo como se nada tivesse acontecido?" — pensou, franzindo a testa.

Kay tomou duas xícaras de café rapidamente, sem parecer notar o ambiente ao redor. Depois, inclinou-se para frente e beijou a testa das crianças, um gesto breve, mas carinhoso.

— Estamos indo. — disse ele, com a voz firme.

— Boa viagem! — respondeu Mira, sorrindo, mas sem perder o ar de autoridade.

— Vê se não demora! — disseram Thais e Ravena ao mesmo tempo, quase como um coro bem ensaiado.

— Manterei contato. — afirmou Kay, com um leve aceno. Então, caminhou até Emilia, que o esperava perto da porta.

— Estamos indo. — disse Emilia, animada, mas com um toque de ansiedade na voz.

— Tenham juízo, vocês dois! — exclamou Rem, com um tom que misturava preocupação e humor.

— Certo! — respondeu Emilia, acenando enquanto sorria.

Kay estendeu a mão para ela, sua expressão segura e serena.


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